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terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Disciplina, o princípio da educação - DM.com.br


Disciplina, o princípio da educação

DIÁRIO DA MANHÃ
AGUINALDO SABINO ESPECIAL PARA DIÁRIO DA MANHÃ
“Não sou especialista em educação, parta tecer tais críticas. Talvez isso pese mais ainda o fato de que, não precisa ser especialista para enxergar o óbvio.”
Banalização da educação ou um sistema falho?
Nunca se falou tanto em “Ideb”, metas a serem atingidas pelas escolas, mudanças meritocracia e outras inovações. O sistema educacional prioriza números. Seria o caso de perguntar: números indicam o alcance, o sucesso e a aprendizagem de fato? Uma nota alta é a meta do governo. Para isso aboliu-se quase que totalmente a reprovação escolar. Hoje, existem vários mecanismos a serem utilizados pelas escolas, no sentido de “facilitar” a vida do aluno e consequentemente sua aprovação, independente se houve ou não, o aprendizado real e necessário. Se não há reprovação, logicamente esta nota se eleva, aumentando o “Ideb” e proporcinando assim elevação nos índices e metas. Mas será que “passar” o aluno a qualquer preço; facilitar sua aprovação, visando apenas números, é a solução para um país carente de educação? Essa educação oferecida é de qualidade ou fachada? Nosso aluno está aprendendo ou sendo adestrado?
É um caso a se pensar se-riamente. Um sistema que prevê e prioriza elevação de notas e índices, usando para tal, meios nada avaliativos, mascarando a realidade e a ineficiência existentes, realmente está contribuindo para a melhoria na qualidade do ensino, ou forjando uma educação falha, que chega ao ponto de enaltecer as inverdades?
Acredito como cidadão, que é chegado o momento de revermos conceitos e prioridades e nos preocuparmos mais com o processo ensino-aprendizagem; cobrarmos mais de nossos alunos ao mesmo tempo que passemos a lhes oferecer uma educação de qualidade; proporcionando aos professores uma valorização e incentivos mais dignos;
formarmos cidadãos conscientes, sabedores de sua capacidade, seres pensantes e questionadores, sabedores de suas limitações e conhecimentos. O ensino levado à sério, e não esse amontoado de facilitações visando números e metas, enquanto se fecha os olhos ao conhecimento real e as prioridades que se fazem necessárias. É urgente que se repense a educação de forma mais coerente e justa, deixando de lado essa “máscara” e atentando para a qualidade e não a quantidade. Um País se mede pela sua educação, e esta não pode ser baseada em tabelas e números, mas sim, oferecida com respeito, seriedade e qualidade, o que resulta automaticamente em uma real aprendizagem pelo cidadão que passará a ser crítico e pensante, podendo melhor atuar no futuro e destino de seu país.
A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces.
“Aristóteles”
(Aguinaldo Sabino Alves, poeta, escritor e membro da Academia de Letras do Brasil seccional– Anápolis)

sábado, 20 de dezembro de 2014

ESQUECIMENTO, PECADO E MORTE (Isaías 49.15 - "Acaso pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama...?")


Crônica Filosófica

ESQUECIMENTO, PECADO E MORTE (Isaías 49.15 - "Acaso pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama...?")

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Estes tempos contradizem até a Bíblia! Como pode uma mãe esquecer-se do próprio filho dentro de um carro, exposto a um sol de rachar mamona, por quatro horas a fio? Se fosse um caso isolado seria fácil de perdoar, mas está muito frequente, morte de vários bebês esquecidos por alguém que deveria estar bem atento.
           Quem muito decora e pouco usa comete abundantemente o pecado do esquecimento. Digo pecado, porque o esquecimento traz consequências nefastas. Existe ainda uma teoria no meio educacional, pregando o não "decoreba"! Talvez, assim se tenha poucas coisas para esquecer. Mas, o recusar-se aprender, ignorando as boas oportunidades, também é pecado. Ou, de forma alguma, traz consequências, também, desastrosas à ignorância proposital? Como pode um cantor esquecer a letra da canção em execução? Como um professor reproduzirá sua aula sem ter nada na memória? Portanto, como todo esquecimento nunca fica impune, então verdadeiramente os "santarrões" e "evoluídos" precisam se preocupar mais com as responsabilidades, e aqui digo: todos nós somos responsáveis pelo aprendido. Aliás, a benção da preocupação é a atividade cerebral renovada, relacionada e produzindo supostas soluções que não deixam as coisas caírem no esquecimento. Já disse sabiamente Alison Aparecido Ferreira: "A prática é a mãe da memorização e concretização do conhecimento." Quer decorar, quem repete insistentemente a prática.
           Poderiam as crianças, esquecidas nos carros, para morrer, esquecer-se de morrer? Mas, a natureza não se esquece de suas funções e obrigações por mais cruéis que sejam ao ser humano! Porém, se dermos grande importância às coisas memorizadas, jamais as esqueceremos. Frutífero é preocupar-se constantemente com aquilo altamente desejado, pretendendo usar iminentemente. O que leva uma pessoa se esquecer de outra? O que leva um estudante esquecer-se de sua lição? O que leva um professor desestimular a memorização, expressando-se pejorativamente sobre o fato, usando o termo: "decoreba"?
           Sem contudo, deixar de fora o lado bom do esquecimento.  Devemos esquecer, sim, de propósito, todo  embaraço para atrapalhar nosso progresso. E a consequência deste esforço é outro esforço em selecionar o que não presta e substitui-lo por informações úteis. Em nome desse bem, não é preciso se esquecer de nada, basta reorganizar em círculo tudo que se tem decorado, de forma a contemplar em todo instante o que nos custou caro para obter e manter na mente.
           Será se brasileiro tem a fama de memória curta porque tem preguiça de decorar e usar? Não nos esqueçamos que só podemos dar se for nosso.
Claudeko Ferreira

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Enviado por Claudeko Ferreira em 18/12/2014
Reeditado em 20/12/2014
Código do texto: T5073580
Classificação de conteúdo: seguro

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sábado, 6 de dezembro de 2014

PIA NOVA(MENTE) (Período de Intensificação da Aprendizagem)


Crônica
             Eu jamais soube quem foi o inventor do tal PIA (Período de Intensificação da Aprendizagem), Talvez um pedagogo qualquer, esforçando-se para mostrar serviço e merecer seu salário; aliás nem quero saber, mas essa "desgraça" jamais funciona!!! Atrapalha a vida de todo mundo no colégio, e o fim é bem simples: passar todos os alunos de série. Se qualquer aluno não atingir a nota desejável, terá de  PIAr; isso faz do professor o incompetente da história toda, alvo de vingança! E, por tabela, adivinha quem vai ajudar pagar essa conta: O aluno bom, dedicado e estudioso que vai com média 8,0; assistiu todas às aulas e, não precisando recuperar a nota, por estar na média, fica com essa nota mesmo. Todavia, "o lambança" perturbou nas aulas normais, então é obrigado a ficar no PIA. Agora, assiste esporadicamente às aulas da misericórdia, recupera a nota e vai no histórico dele 10,0! Essa pedagogia das trevas, detonando meu cristianismo, ou melhor, minha espiritualidade, nasceu nesse governo e vai morrer em outros futuros;  reeleitos, também, pelos os professores!!! É um mal reincidente, mudando só de roupagem. INDIGNADO estou: agastado, abespinhado, agoniado, amofinado, encolerizado, enfadado, enraivecido, espinhado, estomagado, indisposto, iracundo, irritado ... E meu ano letivo acaba assim!!! O silogismo é simples: Se o professor é culpado pela improdutividade do aluno, e a quantidade de aluno gera verbas para a escola, logo o professor paga a existência da escola enfeitando as estatísticas. Por isso, faz muito sentido, o professor zerar a reprovação de suas turmas, promovendo os quais nem sabem a matéria, dando-lhes nota máxima!  
            A todos os alunos é permitido fazer o PIA; logo, o professor fica indesculpável, mesmo aprovando os reprovados. Veja o exemplo: Um deles ficando com média abaixo da mínima em 6 matérias, apesar dos desestímulos de alguns professores, para se ver livre dele, ele persistiu e, no final das duas semanas de PIA, alcançou boa nota em todas. Pergunto: como um indivíduo desse, sem  conseguir, no ano todo, eleva seu status do "dia para a noite"? Que argumento o colégio vai usar, querendo reter o aluno tecnicamente reprovado e fazê-lo repetir a série, de fato? E assim, diante de suas boas notas conseguidas por trabalhinhos facilitados de PIA, foi aprovado! "Uma mente sem conhecimento se torna vulnerável a enganação" (Eliclif Viana).
            A correria dos alunos intensifica nesses dias, um dribla atrás do outro em busca dos resultados, um professor dá um resultado, a coordenadora outro, e os boletins mostram outro, a propósito, pois jamais se pode dispensar alunos antes da hora. Se souberem sobre nem precisar de nenhuma complementação, nunca permanecerão até o término dos dias letivos. Superiores ameaçam-nos com lista de chamada, e o tumulto é acirrado pelo transitar de muitos que vêm só bagunçar. Sabe por quê? Decidiram não fazer mais nada! Ai, dão o lanche mais cobiçado (galinhada), tudo é usado como isca. De certa forma, os alunos ainda têm razão em se evadir mais cedo no final do ano letivo, considerando as palavras de Carlos Drummond de Andrade: "Perder tempo em aprender coisas que não interessam, priva-nos de descobrir coisas interessantes." E mais, "Comete fraude todo aquele que se aproveita da ignorância do outro para o prejudicar" (Código Penal). 

           Será se os mil favores prestados aos maus alunos, fazendo número na escola, não defraudam os bons e esforçados?

Claudeko Ferreira


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Enviado por Claudeko Ferreira em 04/12/2014
Reeditado em 06/12/2014
Código do texto: T5058630
Classificação de conteúdo: seguro

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