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quinta-feira, 13 de outubro de 2016

A ESCOLA CONFESSIONAL DO INFERNO ("A religião prestou ao amor um grande serviço, fazendo dele um pecado" —Anatole France)



Crônica

A ESCOLA CONFESSIONAL DO INFERNO ("A religião prestou ao amor um grande serviço, fazendo dele um pecado" —Anatole France)

Por Claudeci Ferreira de Andrade


            Lendo uns pensamentos de Machado de Assis, deparei-me com este: "Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O Diabo, invejoso, fez o homem confundir fé com religião e amor com casamento". Como se trata dos pilares de sustentação da sociedade, vou acrescentar a escola, parafraseando o grande literato brasileiro: Deus, para o crescimento intelectual do homem, inventou o ensinar. O Diabo, invejoso, fez o homem confundir o ensinar com escola.
             Se essas entidades tradicionais desvirtuaram o princípio motivador do ideário divino, é bem merecida a falência. A prova de que Deus não está morto, é o bem vencendo o mal, trazendo de volta o equilíbrio: destruindo o que contamina a religiosidade, a família e a escola. Apesar da exploração da fé, "Deus constrói o seu templo no nosso coração sobre as ruínas das igrejas e das religiões." (Ralph Waldo Emerson). E apesar do manto de moral que pressupõe a casamento sagrado, lembra-nos Luis Fernando Veríssimo: "Quando o casamento parecia a caminho de se tornar obsoleto, substituído pela coabitação sem nenhum significado maior, chegam os gays para acabar com essa pouca-vergonha." E apesar do sistema educacional inchado de especialistas para ensinar, o Immanuel Kant também escancara a realidade ideológica da escola atual:  "Por isso que se mandam as crianças à escola: não tanto para que aprendam alguma coisa, mas para que se habituem a estar calmas e sentadas e a cumprir escrupulosamente o que se lhes ordena, de modo que depois não pensem mesmo que têm de pôr em prática as suas ideias.
          Então, naquela aula de sociologia, eu falava sobre as classes sociais. Segundo Weber e Durkheim e os seus critérios de estratificação. Meus alunos estavam sentados como estátuas, quietinhos, todos olhando para mim, POR MEDO DA COORDENADORA, a quem ameacei entregá-los. No final, eu lhes perguntei alguma coisa pertinente ao que acabara de dizer. Ninguém me respondeu nada. Não sabiam...! Do que valeu minha aula? Agora sou forçado a refletir nas aulas de inglês que assisti em toda a minha vida de estudante e hoje não sei nem o verbo "to be". Parece-me que as imposições é o dedo do homem estragando o ideal.
            "Mas tudo acaba onde começou". "A religião começou quando o primeiro patife conheceu o primeiro tolo." (Voltaire). Sim, depois a religião criou o casamento e a escola. Ainda tem quem ousa dizer que as melhores escolas são as confessionais. Portanto, religião não se discute, deixa eles fazerem o que querem, já dizia Napoleão Bonaparte : "A religião é ótima para manter as pessoas caladas".
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 13/10/2016

Reeditado em 13/10/2016

Código do texto: T5790572 

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