"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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sábado, 25 de fevereiro de 2017

DESAPRENDENDO PARA VIVER ("O difícil não é aprender, mas, sim, desaprender o que foi ensinado errado." — Thiago Aécio De Sousa)


Crônica

DESAPRENDENDO PARA VIVER ("O difícil não é aprender, mas, sim, desaprender o que foi ensinado errado." — Thiago Aécio De Sousa

Por Claudeci Ferreira de Andrade

          
           

           É difícil largar os vícios da profissão, ainda mais quando um outro VICIADO lhe serve de exemplo; ele adora contar seu testemunho. No futuro de minha trajetória nessa terra, não saberei o que fazer: Maldita as circunstâncias que me levam a uma APOSENTADORIA do que gosto de fazer: Lecionar!
           Na escola é assim: muitos me condenam pela fila para vistar caderno de aluno. Como vou fingir tão bem que estou avaliando? Com a consciência ativa, TEREI de fazer isto com os olhos fechados. PORQUE O SENTIDO DA VIDA escolar É FECHAR OS OLHOS PARA viver! Porém, por que as coordenadoras também gostam de vistar os caderninhos de plano de aula do professor, ignorando a evolução tecnológica? Visto que o governo paga os dois, é um que faz, outro somente cobra: Nessa meritocracia bipolar, todos ganham. E assim a culpa fica sendo sempre do mais fraco, diz a pa(pelada). Mas é ele que se dá bem no final.  
           "– O Senhor? – disse incrédulo o prefeito – O senhor construiu um  império industrial sem saber ler nem escrever? Estou abismado! Eu pergunto:
– O que teria sido do senhor se soubesse ler e escrever?
– Isso eu posso responder – disse o homem com toda a calma: – Se eu soubesse ler e escrever… ainda seria o PORTEIRO DO PUTEIRO (Esse é um fragmento de uma história verídica, e refere-se a um grande industrial chamado… Valentin Tramontina, fundador das Indústrias Tramontina, que hoje tem 10 fábricas, 5.500 empregados, produz 24 milhões de unidades variadas por mês e exporta com marca própria para mais de 120 países – é a única empresa genuinamente brasileira nessa condição. A cidadezinha citada é Carlos Barbosa, e fica no interior do Rio Grande do Sul.)-Haroldo Wittitz: Editor and Publisher.
          Valentin Tramontina foi mandado embora do trabalho de porteiro do bordel por não saber ler, e o novo dono requintado trocou os "inadequados". Todo dia me desestabilizam, porém eu não me acho em lugar nenhum. Nada muda ou tudo muda e continuo dando aula para quem não me quer lá. Quem me vende a droga não fuma. Aquelas robustas árvores impedindo minha passagem podem anunciar o fim de minha jornada, ou a de quem me persegue. Alguém vai melhorar, mas não quero me aposenta ainda. Ou, POR QUE NÃO? Na esperança de que as adversidades poderão ser bênçãos! Embora, demore...!

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*Por Claudeci Ferreira de Andrade, pós-graduado em Língua Portuguesa, Licenciado em Letras, Bacharel em Teologia, professor em Senador Canedo.


Kllawdessy Ferreira


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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 25/02/2017

Reeditado em 25/02/2017

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sábado, 18 de fevereiro de 2017

OS RUÍDOS DENOTATIVOS E CONOTATIVOS DA ESCOLA ("Não reclame do barulho quando a sorte lhe bater a porta." — Farmer's Digest)


Texto

OS RUÍDOS DENOTATIVOS E CONOTATIVOS DA ESCOLA ("Não reclame do barulho quando a sorte lhe bater a porta." — Farmer's Digest)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Nunca pensei sofrer tamanha perturbação, em época de segurança no trabalho, como tem acontecido na hora da aula. O problema é os que se cobrem com o manto de ajudador e prejudicam muito com seus motivos aparentemente nobres. Dessa vez, o funcionário da prefeitura aparando a grama do pátio escolar, com seu motor a gasolina rompendo todos os limites confortáveis, ele usava um abafador de ruído nos ouvidos, passeando em frente da porta das salas na hora da aula e não nos deram uma proteção. Não se podia fazer nada, nem ler, nem falar, pois ele estava fazendo o trabalho dele E EXIGINDO RESPEITO e admiração. Que HARMONIA ADMINISTRATIVA É ESSA, enquanto a Prefeitura e a Secretaria de Educação se atrapalham? 
            Em outra ocasião recente, uma colega recebeu indenização por ter o carro danificado com pedras lançadas por aparador de grama no pátio da escola, onde se estacionam os carros dos funcionários que ficam no mesmo espaço dos alunos. Uma grama aparada é bonita, mas não é urgente, podia um pensador com princípios educacionais agendar o trabalho para o Sábado não letivo. 
           Já presenciei também na hora da minha aula, homens ligando a furadeira com um barulho infernal, fixando os ventiladores, atrapalhando até a quarta sala daquele pavilhão. Então, o som de "makita" e de marteladas  é comum dentro da sala de aula, além do barulho das crianças que gostam da farra. Por que eles têm de se mostrar trabalhando, não basta entregar o trabalho bem feito? Todavia, perturbando, é melhor! 
            A liderança da escola não pode dispensar os alunos nem nesses dias improdutivos. Por isso, enquanto não se pode adiar a poda da grama nem a reforma da instalação elétrica, eu continuo questionando o respeito ao nosso trabalho.  Quem manda não se importa em submeter as crianças e professores àqueles níveis deseducadores de ruído. Uma prova de que a educação não é prioridade de ninguém, é, sim, palco dos maquiadores de prestígio. Continuo não vendo virtude alguma, quando um tem de prejudicar o outro só porque seu trabalho é "mais importante" e "urgente", mais do que uma tarde de aulas.
           Agora já são nove horas da noite, e ainda estou com o barulho do tal motor na cabeça, certamente os alunos também; não é para menos, pois ficamos um período todo expostos. Mas, o que ensinamos nas aulas não dura tanto tempo assim, ecoando na cabeça dos alunos. E deveria...? Pois estes perturbadores também foram alunos, por pouco tempo, diga-se de passagem, mas foram, e perturbar é uma extensão do que deu certo para eles. Todavia, quem se importa com o crescimento e a saúde dos outros? Querem fazer sua parte, mesmo que na maioria das vezes destruindo a contribuição social dos outros. Concorrência até nisso: não é promissora.
           Já que a educação não é prioridade de ninguém, eu sugiro que a gestão dispense os alunos até que o aparador de grama barulhento, transgressor dos limites permitidos de decibéis, faça seu trabalho, que muitos consideram mais importante que estudar em paz. Afinal, ele é importante mesmo, dando uma boa aparência, só paliativa no que precisa ser melhorado em todos os aspectos. Alivia momentaneamente, mas não é capaz de curar ou resolver os problemas da Educação, que vive de aparência. 
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 18/02/2017

Código do texto: T5916333 

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sábado, 11 de fevereiro de 2017

As PRIMEIRAs SEMANAs DE AULA ("A falta de transparência resulta em desconfiança e um profundo sentimento de insegurança".Dalai Lama)


Crônica da vida escolar

As PRIMEIRAs SEMANAs DE AULA ("A falta de transparência resulta em desconfiança e um profundo sentimento de insegurança".Dalai Lama)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Na primeira semana de aula, aparecem alunos de muitos lugares, com muitos perfis, porque a escola não seleciona seus alunos: o filtro é frouxo. À vista disso, enche as salas de gente devendo documento, muitos deles nem tem plano de ser aluno, muito menos de ser estudante, estão ali para se mostrar, aproveitando a farra ou fazendo farra. Na data determinada pelo o calendário escolar, as aulas têm que começar, por isso, funcionam de qualquer jeito, pois o horário de aula não está pronto, cheguei a lecionar até três aulas de filosofia numa mesma turma na mesma semana. Mas, eu mereço, porque sou pontual e assíduo! Porém, muitos desses visitantes dos primeiros dias querem só pegar a autorização da escola para adquirir o vale transporte e carteirinha de estudante, depois saem. Outros vêm, fingindo de aluno, para vigiar a namorada até ganhar segurança de que a tal estará em lugar seguro ou só para dizer que ela tem um dono, logo não retornará mais. Outros ainda vão para a sala do terceiro ano do Ensino Médio, mesmo sabendo que foram reprovados no segundo: vai que cola...! Eu já vi alguns alunos que "formaram", e outros que mudaram de escola, mas aparecem nos primeiros dias para matar a saudade dos colegas ou ostentar que foram matriculados no colégio militar, ou em um outro particular; dentro de uma semana, vão embora; mas deixam a sua forma de mau comportamento. Em todas as minhas aulas desse período temporário, aplico uma atividade genérica, sabendo que nem posso cobrar aprendizado, ai de mim se aplicar uma avaliação na segunda semana de aula! Por esses motivos, resta-me levar um lápis para acrescentar muitos nomes fantasmas nas listas provisórias de chamada, pois muitos que estão ali, nem foram devidamente matriculados. E a rotatividade dos flutuantes tiram nossa estabilidade sem medo de punição. 
           Já na segunda semana de aula,  começa o rodízio, aparecem os espertalhões, que aproveitaram para dormir em casa um pouco mais. São conscientes do mau andamento das atividades escolares nesse início. Então, levaram algumas faltas nas folhas improvisadas de chamada, mas nem se intimidaram, elas não os prejudicarão, são poucas demais e leva um tempo para cadastrar as turmas no sistema informatizado. E isso não será feito até que os professores esquadrinhadores da harmonia, mexam com alunos de todas as salas, remanejando-os para separar os conversadores dos outros conversadores, misturando-os com os "nerds", e alguns professores continuam pedindo as mudanças, mesmo percebendo que a medida não resolve nada: a aparência de laboriosidade garante o perfil. Eu até me dobraria em elogios, se as turmas fossem compostas por dedicados e não dedicados. Se mudando de lugar, mudasse o caráter do aluno, estaria valendo, mas não muda, apenas a fruta podre apodrece as outras.
           No início da terceira semana, quando o horário de aulas já está pronto, mudam-se as normas da modulação, porque não podia daquele jeito, reprovou a Secretaria de Educação. Lá vai o diretor "remodular" todos os professores e então, mais uma semana sem horário novamente. Confusão total! A constante mudança faz parte da estratégia das autoridades da educação, para manter a unidade dependente e apreensiva, "pisando em ovos". Se tem que mudar nunca se especializam em nada, essa é a ideia, a rotatividade não dá tempo para melhorar nada. Aí descobre-se que o quadro de professores não está completo, não sobrou nenhum para ser o coordenador; porém, as turmas não podem ser liberadas mais cedo, e o circo pega fogo. Os veteranos se desdobram além do limite.
            Só no segundo mês, depois do "Carnaval", a poeira vai baixando e uma boa porcentagem dos 209 dias letivos já foi para o ralo. E acho uma boa medida, se a primeira semana de aula já tivesse o horário das aulas, alunos com seus livros e uniforme. A direção só desse o tiro para largada quando todos estivessem prontos para a competição. Assim, a credibilidade aumentava. Infelizmente é o que acontece todos os anos, importando-se mais com a quantidade, que tem a ver com a aparência; em detrimento da qualidade, que tem a ver com resultados. O bom seria, só convocasse os atletas para correr quando a pista estivesse pronta. Disse J.F. Leão: "A prática do trabalho em equipe com respeito, lealdade, generosidade, empatia, transparência, são fatores essenciais para uma conduta ética e vencedora."   

Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 11/02/2017

Reeditado em 11/02/2017

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sábado, 4 de fevereiro de 2017

MÁ-LÍNGUA (DI)FAMA ("Uma resposta inteligente consegue ser mais ofensiva do que um palavrão." — O Sábio K)


Texto

MÁ-LÍNGUA (DI)FAMA ("Uma resposta inteligente consegue ser mais ofensiva do que um palavrão." — O Sábio K)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Sapos, HOJE, por razões politicamente corretas, estou a espancá-los, vejam bem: os "sapos" que eu devia engolir estão sendo enxotados. Eu tenho pedras e paus para eles, vou continuar atacando-os para matar: saltam, camuflam-se no ambiente, rebolam e dão seu jeitinho brasileiro, “deitam e rolam”, contudo já os descobri, não me enganam mais. Eles pensam que se inchando me amedrontam pelo volume, ao contrário, eles se tornam alvos mais visíveis e mais acessíveis. Mas, continuarei a golpeá-los, tocando-os para bem longe, com palavras duras e verdadeiras também. É ASSIM MESMO, eles são MUITO feios e nunca morrem, HÁ SEMPRE alguém PRONTO, criticando-me com sua "asquerosmice". AQUI, CABEM NOVAMENTE AS PALAVRAS DE MÁRIO QUINTANA: "Não tenho Vergonha de dizer que estou triste, Não dessa tristeza ignominiosa dos que, em vez de se matarem, fazem poemas: Estou triste por que vocês são burros e feios E não morrem nunca..." Quem diz que eu não sei como tirar proveito das oportunidades que a vida me deu? No entanto, espero em Deus poder reconstruir minhas veredas, afinal, cada dia é um novo dia de Ano Novo. E todos os fenômenos da natureza clamam por harmonia, de modo que nenhum dos problemas vai me derrotar, porque eu sou natureza também, e as leis da natureza são infalíveis. E todos aqueles que estão "pagando sapo" para mim, querendo me prejudicar, serão derrotados, porque a natureza sabe como resolver os seus problemas completamente. Cobras e lagartos tornam os tempos intragáveis, deixando-me fisicamente e emocionalmente fragilizado. Considerando que o lado emocional tende a interferir com o funcionamento adequado do meu corpo: nas glândulas, o estrago é duplo. Não é a minha autocrítica suficiente para mim? Uns beijam os sapos, eu prefiro enxotá-los...! Não tenho dom de princesa.
            Há muitas pessoas cordatas, alegres, graciosas, submissas, doces e reverentes com as quais não tenho contato; mas, sei que estas são cobras que engolem sapos! Elas poderão me fazer sentir como um rei em questão de segundos. Elas são quentes, tipo, charmosas e agradáveis. Elas não são nem ásperas nem grosseiras. Por isso devo aceitar qualquer companhia que seja minimamente aceita. Ninguém merece aquele tipo asqueroso! Preciso de pessoas humanas de verdade! "As palavras de um homem justo ajudam outras pessoas a viver melhor, mas o homem mau só sabe xingar e ofender". (Pv 10:11 BV).
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 04/01/2017

Reeditado em 04/02/2017
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