"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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sábado, 19 de novembro de 2016

O SOL NO CORAÇÃO ("A verdade é como o Sol. Ela permite-nos ver tudo, mas não deixa que a olhemos." — Victor Hugo)


Crônica

O SOL NO CORAÇÃO ("A verdade é como o Sol. Ela permite-nos ver tudo, mas não deixa que a olhemos." — Victor Hugo)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Todos os dias, o céu é um espetáculo para mim, não é difícil descobrir que eu sou um "lunar", ontem passei muito tempo contemplando A "superlua", gostei tanto que hoje voltei para contemplar a lua comum! Então, mudei-me MENTALMENTE para a lua e fiz DELA O ESCONDERIJO íntimo dos meus mistérios. E eu ainda estou perdido no seu mapa, CAÇANDO O MENINO JESUS. Eu queria encontrar as pessoas amigáveis que já se foram, AQUELAS que diziam gostar DE MIM, realmente querendo iluminar meu caminho para alcançar meus objetivos nobres, mas eu não AS vejo. Como posso continuar confiando e ME apoiando nessa esperança, se NEM mesmo no "mundo da lua", eu não AS encontro? Eu só quero um aviso, dê-me um sinal para manter meu desejo de que você foi para algum lugar aconchegante. Sempre busquei MOTIVAÇÕES VARIADAS PARA FAZER da terra minha lua! Talvez minha parte nesta realização seja mais determinação e luta para levar-lhe às estrelas. Caso contrário, vou me reduzir de "lunar" a "lunático"! E direi como Murillo Leal: "Sou um Lunático! Vivo em um mundo que não me pertence. Respiro um ar impuro." 
           Obrigado, Manoel Bandeira! Mas, EXPLIQUE-ME por que aquela estrela distante não baixava para minha companhia?! A lua já não me basta mais!  

"A Estrela
Vi uma estrela tão alta, 
Vi uma estrela tão fria! 
Vi uma estrela luzindo 
Na minha vida vazia.

Era uma estrela tão alta! 
Era uma estrela tão fria! 
Era uma estrela sozinha 
Luzindo no fim do dia.

Por que da sua distância 
Para a minha companhia 
Não baixava aquela estrela? 
Por que tão alto luzia?

E ouvi-a na sombra funda 
Responder que assim fazia 
Para dar uma esperança 
Mais triste ao fim do meu dia."

           Então, continuei olhando a Lua, eu também ouvi da "sombra funda" a voz da estrela da vez, tomada pelo ciúme: O sol.  Então, compreendi que só fala com a lua quem tem sol no coração! Quando for rei, quero uma estrela em minha coroa, linda como o sol!
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 15/11/2016
Reeditado em 19/11/2016
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sábado, 12 de novembro de 2016

A REPROVAÇÃO ESCOLAR NÃO INTERESSA A NINGUÉM! ("Cercado de amor não existe reprovação." Leila Boás)

A REPROVAÇÃO ESCOLAR NÃO INTERESSA A NINGUÉM!        ("Cercado de amor não existe reprovação." Leila Boás)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           O pior e mais deplorável argumento, a fim de passar à outra série um aluno sem mérito algum, é perguntar ao professor dele: — "Você quer tê-lo novamente como seu aluno no próximo ano...?" Para se ver livre, o professor concorda! Por essas vias, o aluno é incentivado a perturbar mais ainda as aulas, atrapalhando professores e colegas. Descobriram o segredo! Mas, é assim que os coordenadores contribuem com a confecção de índices maiores de aprovação; coitados, também são pressionados de cima para baixo.
           A coordenadora de disciplina odeia muito ver o professor sentado à mesa, lendo e corrigindo as redações dos alunos, ou simplesmente escrevendo vistos no caderno deles, tanto que isso é tema em todas as reuniões pedagógicas. E aconselha-nos nervosamente sobre esse momento: — "Devem passar outra atividade no quadro para os alunos nunca ficarem um instante ociosos e evitarem a bagunça". (Como se eles não tivessem outras disciplinas para estudar!). Ora, se os alunos sabem que serão aprovados automaticamente, vão se importar com mais uma tarefa no quadro, valendo os pontos prometidos!? O que esses evitadores de serviço não sabem, é que quando os alunos não querem estudar, tampouco se atentam às suas atividades e nem de uma e nem de outras matérias. Ninguém gosta de professor mesmo, todos usam-nos e abusam da nossa boa vontade!
           No início do ano, todos da equipe escolar juntos em uníssono, reafirmamos o voto: — "Vamos aprovar só os alunos dedicados e estudiosos, sejamos rígidos, nossa escola é séria"! Agora, em um passo de mágica, logo o tempo prova o contrário, os bons propósitos mudam, e tornam-se em nada à medida que os projetos de recuperação paralela tentam novamente: feira de ciências e interclasses. De forma alguma, não se consegue mais enganar os alunos; os espertos nunca querem estudar e pronto... Eles continuam usando de todo subterfúgio espúrio para se dar bem. A escola, por sua vez, também tenta lucrar com as situações conveniente e inconveniente. Aqui une a fome com a vontade de comer: o professor quer também se dar bem.
           No final, terceiro bimestre em diante, a pressão psicológica aumenta em cima do professor (enquanto deveria ser em cima do aluno), é um assédio moral aqui, outra imoralidade ali, uma falta de ética acolá e assim vamos-que-vamos; contanto que todos os alunos sejam promovidos. A reprovação não interessa a ninguém. Se o professor, por descuido ou por uma expressão de justiça, deixa algum aluno com nota abaixo da média, no final do ano, após a recuperação, quando vai ver, os que mexem no diário eletrônico colocaram a média para este. 
           Observei também durante o ano letivo que é precisamente no quarto bimestre o aumento das denúncias sobre professores. As mais banais acusações, versando sobre o comportamento moral, espiritual, ético e profissional do professor dentro da sala; questões pessoais e outros assuntos particulares, trato com notas, até o modo do professor se vestir. Porém, o fim é sempre o mesmo, cooptação de nota para conseguir, de qualquer jeito, a aprovação. Tudo isso reforçado ainda mais com a visita de pais "nunca" vistos no ambiente escolar, "barraqueiros" e ameaçadores, aqueles sabedores do endereço da secretaria da educação, e de todos os seus telefones administrativos. Há outros mais educados, simples e descaradamente oferecendo-nos suborno e propina em troca de aprovação dos filhos.
             Contudo ainda, falando da dependência curricular, o aluno, por último, será promovido mesmo que fique reprovado em duas matérias, ele nem se preocupa, pois um "trabalhinho" lhe esperará para cumprir o feito. É lógico, o professor de jeito nenhum quer trabalho extra no próximo ano, então é melhor ficar livre de problema agora mesmo! E no final, não é preciso morrer ou matar ninguém!
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 08/11/2016
Reeditado em 12/11/2016
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sábado, 22 de outubro de 2016

IDENTIDADE DE GÊNERO EM CRISE ("Ser um homem feminino/Não fere o meu lado masculino/Se Deus é menina e menino/Sou Masculino e Feminino..."- Pepeu Gomes.)


       
         
Crônica

IDENTIDADE DE GÊNERO EM CRISE ("Ser um homem feminino/Não fere o meu lado masculino/Se Deus é menina e menino/Sou Masculino e Feminino..."- Pepeu Gomes.)

Por Claudeci Ferreira de Andrade*

            Eu sempre fui considerado machista e homofóbico, mas nunca lhe perturbei. Por que você, que não é nada disso, perturba-me com sua crise de gênero? Quem é o pior de nós? Agora vou incomodá-lo, experimentando um pouco de você! Pois, estou inquieto. 
           Todavia, hoje, deixarei vir à tona minhas emoções e que elas tomem conta de meu coração! Adoro um devaneio, um filosofar sobre a vida e o amor. Isso é ótimo! Mas, é lógico que terei cuidado para não me atropelar em paixões a fora, ao tratar de coisas subjetivas. Como já falei, minhas intuições ficam mais fortes nesses momentos apaixonantes, porém não me deixarei guiar cegamente pelos baixos instintos, preciso de objetividade também. Sobretudo, nas responsabilidades da vida, preciso de um mimetismo eficaz.
             "Quem tem o coração carregado de sofrimento e dor? Quem vive se metendo em brigas e confusões? Quem será sempre machucado? Quem está sempre com os olhos inchados?" (Pv 23:29 BV). Não são só os bêbados, mas também os embriagados de paixões carnais. Dançando na chuva, sem olharem onde pisam, machucam-se! Cambaleantes no meio das trevas, em busca dos vaga-lumes de bunda colorida e lampejos demorados, também se machucam. Quando se bate em um bêbado, é deprimente e, pior, quando se apanha de um bêbado! Gênero fraco bate em homossexuais e apanha de mulher. Sempre quis ser homem forte, e agora que me encontro encorajado, o amadurecimento vem me ensinando a ser "fraco". Nesse momento, descobri com Friedrich Nietzsche que: "É necessário ter o caos cá dentro para gerar uma estrela." Por isso, digo como o apóstolo Paulo: "...quando estou fraco, então sou forte..." (2Cor 12:10 BV). Nessa situação, uma voz bissexual me diz: "Você não tem mais idade para brincar de esconde-esconde, mas eu vou lhe 'pegar'". Em tal caso, infelizmente tenho que fazer minhas as palavras de Augusto Branco: "Receio estar vivendo num tempo em que para amar uma alma feminina terei de namorar um homem e que para demonstrar masculinidade terei de agir como mulher... Pepeu Gomes que o diga: "Ser um homem feminino/Não fere o meu lado masculino/Se Deus é menina e menino/Sou Masculino e Feminino..."
             Bem ...  Como se não bastasse, o mundo andar de cabeça para baixo, ainda está do avesso: Se os homens estão liberando seu lado feminino, as mulheres hoje em dia bebem quase o mesmo que o homem! Não se pode ignorar que a luta evangélica está sendo em vão. E no final, eu possa cantar com veracidade o refrão com o Chico César de sua canção: Mulher Eu Sei — "Eu sei como pisar/No coração de uma mulher/Já fui mulher eu sei/Já fui mulher eu sei..." 
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 20/10/2016

Reeditado em 22/10/2016

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quinta-feira, 13 de outubro de 2016

A ESCOLA CONFESSIONAL DO INFERNO ("A religião prestou ao amor um grande serviço, fazendo dele um pecado" —Anatole France)



Crônica

A ESCOLA CONFESSIONAL DO INFERNO ("A religião prestou ao amor um grande serviço, fazendo dele um pecado" —Anatole France)

Por Claudeci Ferreira de Andrade


            Lendo uns pensamentos de Machado de Assis, deparei-me com este: "Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O Diabo, invejoso, fez o homem confundir fé com religião e amor com casamento". Como se trata dos pilares de sustentação da sociedade, vou acrescentar a escola, parafraseando o grande literato brasileiro: Deus, para o crescimento intelectual do homem, inventou o ensinar. O Diabo, invejoso, fez o homem confundir o ensinar com escola.
             Se essas entidades tradicionais desvirtuaram o princípio motivador do ideário divino, é bem merecida a falência. A prova de que Deus não está morto, é o bem vencendo o mal, trazendo de volta o equilíbrio: destruindo o que contamina a religiosidade, a família e a escola. Apesar da exploração da fé, "Deus constrói o seu templo no nosso coração sobre as ruínas das igrejas e das religiões." (Ralph Waldo Emerson). E apesar do manto de moral que pressupõe a casamento sagrado, lembra-nos Luis Fernando Veríssimo: "Quando o casamento parecia a caminho de se tornar obsoleto, substituído pela coabitação sem nenhum significado maior, chegam os gays para acabar com essa pouca-vergonha." E apesar do sistema educacional inchado de especialistas para ensinar, o Immanuel Kant também escancara a realidade ideológica da escola atual:  "Por isso que se mandam as crianças à escola: não tanto para que aprendam alguma coisa, mas para que se habituem a estar calmas e sentadas e a cumprir escrupulosamente o que se lhes ordena, de modo que depois não pensem mesmo que têm de pôr em prática as suas ideias.
          Então, naquela aula de sociologia, eu falava sobre as classes sociais. Segundo Weber e Durkheim e os seus critérios de estratificação. Meus alunos estavam sentados como estátuas, quietinhos, todos olhando para mim, POR MEDO DA COORDENADORA, a quem ameacei entregá-los. No final, eu lhes perguntei alguma coisa pertinente ao que acabara de dizer. Ninguém me respondeu nada. Não sabiam...! Do que valeu minha aula? Agora sou forçado a refletir nas aulas de inglês que assisti em toda a minha vida de estudante e hoje não sei nem o verbo "to be". Parece-me que as imposições é o dedo do homem estragando o ideal.
            "Mas tudo acaba onde começou". "A religião começou quando o primeiro patife conheceu o primeiro tolo." (Voltaire). Sim, depois a religião criou o casamento e a escola. Ainda tem quem ousa dizer que as melhores escolas são as confessionais. Portanto, religião não se discute, deixa eles fazerem o que querem, já dizia Napoleão Bonaparte : "A religião é ótima para manter as pessoas caladas".
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 13/10/2016

Reeditado em 13/10/2016

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terça-feira, 4 de outubro de 2016

ABAIXO AS HORAS EXTRAS FORÇADAS (Isso não entrou na reforma do Ensino Médio. )

       
 
Crônica

ABAIXO AS HORAS EXTRAS FORÇADAS (Isso não entrou na reforma do Ensino Médio. )

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Nesta minha profissão, entra semana e sai semana, e a rotina me consome depressa, ainda ouso chamá-la missão, sacerdócio ou educação. E meus chefes, que me cobram serviço, coerentes ou não com o objetivo geral, chamam-me de colega! Já estive melhor em outras reflexões, porém nesta, estou cansado demais para pensar, andando à caranguejo, olhando para trás e achando tudo normal. Inclusive explico por que esta semana foi mais cansativa. Imagina ir dormir às três da madrugada, em dois dias úteis, digitando notas de aluno como uma obrigação do trabalho na escola, não bastava ser uma nota bimestral, mas teria de registrar as quatros colunas para o aplicativo fazer a média aritmética. Experiência insana, se o uso da produção não é urgente, ainda não chegou o quarto bimestre. Mas, minha colega que é coordenadora de muitos anos cobra-me o fechamento em uma data rígida sob ameaça de me relatar ao diretor, e a cobrança é sem escrúpulo à vista de todos: "você ainda não lançou as notas!" E os outros colegas ficam felizes por não ser assim com eles: foram pontuais, anteciparam suas insônias. Porém, podia ser com qualquer um, se estivessem em meu lugar, que preciso trabalhar em duas escolas.
           Preencher diário de classe com várias colunas de nota para justificar um bom trabalho, é trabalho não criativo, diga-se de passagem atrofia-nos! Por isso me chamam de preguiçoso! Não priorizo, ainda porque o final do ano está longe. Mesmo assim, estou sem nenhuma condição de estabelecer conversa que fortaleça algum dos laços respeitáveis, podendo apenas aumentar as diferenças, este é meu aperfeiçoamento: retração que se parece com resiliência. Ouvir o outro neste momento não será um aprendizado, estou incapaz de compreender as expectativas do contexto, tomado por raiva. Assim, se faz um homem na linha de montagem.
           A outra parte é boa: o preparo das aulas. Eu aprendo muito, refresco minha memória e treino minhas habilidades. Apenas reclamo de ter aulas bem preparadas e mal conduzidas, pois dependo do público alvo, não selecionado por mim. E eu também não fui selecionado por ele.  Isso não entrou na reforma do Ensino Médio. O que diria Arthur Schopenhauer sobre receptividade dos doutores lecionando em salas de aulas do Ensino Fundamental e Médio do atual sistema educacional? Baseando-me em sua frase: "Uma pessoa de raros dons intelectuais, obrigada a fazer um trabalho apenas útil, é como um jarro valioso, com as mais lindas pinturas, usado como pote de cozinha." Eu diria que falta motivação para a boa formação continuada.
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 01/10/2016
Reeditado em 04/10/2016
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sábado, 10 de setembro de 2016

A ESCOLA MAQUIAVÉLICA ( "Usar a inversão de valores para conseguir o que se quer sempre será uma estratégia maquiavélica e ardilosa." — Edson Caserna



Crônica

A ESCOLA MAQUIAVÉLICA ( "Usar a inversão de valores para conseguir o que se quer, sempre será uma estratégia maquiavélica e ardilosa." — Edson Caserna)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

         O que pretende o sistema educacional com a sua frouxidão de prática e de propósitos, maquiando com tópicos da democracia:  "Por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento " — Pitty. E adotam a cartilha de Maquiavel (Educador de príncipe - "Os fins justificam os meios" é uma famosa frase significando que qualquer iniciativa é válida, quando o objetivo é conquistar algo importante.). Percebo, na atual conjuntura, o porquê da inversão de valores: o aluno é colocado como o centro de tudo no sistema educacional, enquanto deveria ser os saberes. "[...] Cuidado com aquele para o qual você dá poder, pois a criatura pode voltar-se contra o criador e arruiná-lo" (Ercília Macedo-Eckel. Maquiavel, polêmico e atual:DM, OP 10/09/2016, pág. 17). 
           É exatamente isso que está acontecendo: o fim está equivocado, e mais gravemente, acontece na escola pública a supervalorização dos gráficos altos. Estão ensinando que os fins justificam os meios, a exemplo de não se importarem com a falta de qualidade, visando só a quantidade. Classes cheias de alunos "empoderados" sem o nível prerrequisito para a tal série. Produza o que produzir; o que der, deu! O problema está em focar no fim espúrio. Se as normas fossem empregadas, o medo do castigo faria com que boas ações fossem imediatamente estabelecidas. Quem dera fosse, os meios justificando os fins. As ações bem direcionadas por si só seriam a inspiração motivadora, os índices seriam alcançados automaticamente. A qualidade seria a preocupação primeira em cada passo dado no rumo certo. Gustave Flaubert disse: "O sucesso é uma consequência e não um objetivo".
          Falsos moralistas, aproveitadores do sistema, unicamente cuidando de afiar suas denúncias, porque sabem que dentro da folga democrática são ouvidos e levados a sério, embora o denuncismo ou "delação privilegiada" é um tipo de educação para a traição, mais ainda não deixou de ser geradora de revolta e motiva as pessoas a uma confusão e desatino, em relação ao fim nobre. É como disse Diógenes: "Entre os animais ferozes, o de mais perigosa mordedura é o delator; entre os animais domésticos, o adulador". A escola insiste em ensinar que cidadão é aquele que percebe criticamente sua realidade e denuncia as supostas mazelas. O líder democrático gosta de denúncias? Maquiavel diria que a crueldade do líder é necessária, a prática da justiça seria a única forma de piedade. Dentro da mesma escola estamos em guerra, pela luta de classe e pelo emprego. E em "tempo de guerra a crueldade torna-se indispensável". Não se trata adversários de guerra a pão-de-ló. Porém, a escola dá o melhor cardápio em lanche como se esse fosse o alvo principal! Não estou falando da violência crua e sem sentido que ocorre na escola entre alunos/professores, mas falo sim da batalha intelectual e ideológica para ocupar as vagas superiores e privilegiadas.
           Como um governo expande seu território? Josué, Calebe e o povo de Israel conquistaram a Canaã prometida com piedade e amor? Não. O que eles fizeram não produziu vínculos duradouros. Uma coisa é parecer cruel e outra coisa é ser de fato cruel. É preciso se cuidarem o gestor e os coordenadores, pois não devem nem se mostrar pessoalmente cruéis. Se faz necessário que toda crueldade política deve ser justificada, por causa das eleições para o próximo mandato. Porém devem ser firmes no compromisso com a verdade e honestidade. Já me disseram que aluno não é amigo de professor e o professor não deve ser amigo de aluno, mas deve reinar entre eles apenas uma amizade fundamentada totalmente no bom interesse recíproco. E finalmente, os meios justificarão os fins e não o contrário. "O príncipe que chega de viagem estaria mais seguro se 'fosse mais temido do que amado'"? (http://impresso.dm.com.br/edicao/20160910/pagina/17)
          Então, que crueldade milagrosa é essa? É manter a palavra dada segundo a justiça; fazer cumprir o regimento interno; agir no interesse de uma causa nobre; manter a postura. As estatísticas maquiadas não são causa nobre! Tudo deve está imediatamente na direção do alvo supremo da escola: passar o conhecimento útil, e não passar o aluno de série à revelia.       
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 09/09/2016
Reeditado em 10/09/2016
Código do texto: T5756044 
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domingo, 21 de agosto de 2016

IMPOSIÇÃO SEM CLASSIFICAÇÃO ("Estabilidade de servidores na administração pública é desigualdade social."—Georgeana Alves)



Crônica

IMPOSIÇÃO SEM CLASSIFICAÇÃO ("Estabilidade de servidores na administração pública é desigualdade social."—Georgeana Alves)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

                        Aquele ano, fiquei fora do tal "Olimpíada de Língua Portuguesa: Escrevendo o Futuro", porque estava lecionando só gramática. O lado bom disso é que não tive o trabalho extra de ler aquele "mundaréu" de redações de aluno. A Secretaria de Educação Municipal tornou a inscrição obrigatória para todas as escolas de ensino fundamental, ela mesma  assumiu as orientações. Cá, na escola em que trabalho, outro lecionava as aulas de redação. Quando eu ensinara redação, fazia parecer um trabalho fácil, pois gosto e sei fazê-lo bem. Assim despertou a cobiça do outro, que no grito ganhou esse componente curricular (usurpara de mim). Achei injusto e sem um propósito nobre, pois quando peço para meu aluno escrever, eu dou-lhe o exemplo. E vejo como é ridículo um professor que nunca publicou nada e não sabe produzir uma crônica é professor de redação. Mas, nossos gestores não se preocupam com qualidade, apenas querem resolver seus problemas administrativos. Foi aí que cometi um grave erro contra mim mesmo: deixei-me levar pelas preferências dos outros nem briguei. Cobiçaram minha tranquilidade e venceram-me politicamente.
           Agora, analisando o contexto geral, na fase final da tal Olimpíada de Língua Portuguesa, 2016, descubro os muitos critérios e afazeres que compunham o novo desenho do concurso, então só me pus a assistir aos colegas, tentando resolver seus milhões de dúvidas junto aos responsáveis. Como se a eles não bastasse, ainda têm de ler os infindáveis tutoriais da empresa, somando-lhes a fina responsabilidade de classificar as redações de aluno de péssima caligrafia; para pouco resultado, diga-se de passagem; visto que, também, as chances de premiação são mínimas pela a abrangência de contingente.
           Por isso, quero ressaltar ainda que eu não acreditava que teria algum professor de redação disposto a se inscrever nas edições subsequentes da Olimpíada de Língua Portuguesa: Escrevendo o Futuro", mas até hoje existe esse concurso. Pois, nunca foi problema por não terem  nenhuma premiação, até agora, com certeza jamais largarão as aulas de redação por desânimo, deve está rendendo dinheiro para alguns. Já que perguntar não ofende, como será a Olimpíada de Língua Portuguesa pós pandemia?  "A ameaça do mais forte faz-me sempre passar para o lado do mais fraco." — François Chateaubriand)
             Contudo, estou pronto para aplaudir em pé futuros  finalistas no nosso município (se houver algum), sem nenhum rancor:  "Ao vencedor, as batatas".
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 19/08/2016
Reeditado em 20/08/2016
Código do texto: T5733490
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SEQUELA DO "DISTANCIAMENTO" (“A nossa oração e o nosso clamor devem ser sempre do tamanho do choro do mundo”. — Pr. Cpl. Moacir J Laurentino)


Crônica

SEQUELAS DO "DISTANCIAMENTO" (“A nossa oração e o nosso clamor devem ser sempre do tamanho do choro do mundo”. — Pr. Cpl. Moacir J Laurentino)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Hoje, neste domingão, estou vazio, um tanto reservado e reflexivo; mas sinto um despertar de meu lado afetuoso, o qual me conduz no abrir meu coração para uma pessoa de confiança. Preciso desabafar para alguém que saiba se colocar no lugar do outro! Ando muito na defensiva com relação a meus sentimentos, achando que ninguém os merece. Será que se eu for sincero atrairei sua compreensão? O meu desejo é apenas de estar junto, participando da vida da cidade, caminhando com quem possamos aproveitar as experiências para nosso enriquecimento mútuo. Conversar, aprender juntos, consolidar o que nos poderia unir. Mas, estou só... infelizmente; Isto é real, perdido no caminho e tentando voltar! 
            Que filho ou filha alguma atenderia essa necessidade, senão uma mãe? "Se o clamor de uma alma indo para o inferno não nos faz repensar no que estamos fazendo do evangelho, é inútil a nossa crença que estamos salvos. (Adriana Bacelar Lima. Nunca fui pai para não deixar de ser filho dependente, as decepções de filho são menos doloridas, pois são aliviadas com a certeza do apoio familiar. Quero colo de uma "mãe de leite"! Dizem os entendidos que criança criada com leite de mulheres diferentes é mais inteligente. Como eu queria sê-lo para reclamar menos. O tolo é assim: quando é ofendido, logo todos ficam sabendo.
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 14/08/2016
Reeditado em 14/08/2016
Código do texto: T5728230
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OS TOLOS OFENDIDOS, VINGANÇA EXAGERADA (“Para os puros, todas as coisas são puras...” Tt 1:15.)


OS TOLOS OFENDIDOS, VINGANÇA EXAGERADA (“Para os puros, todas as coisas são puras...” Tt 1:15.)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

Enquanto o sol se despede do dia, o entardecer de minha existência, vejo-me em uma batalha pessoal. Mais uma luta, uma ferida aberta, um trauma que talvez tenha sido causado pela minha própria negligência ao meu nome e caráter, não sube me protejer. Como Shakespeare sabiamente disse, “Quem me rouba a honra priva-me daquilo que não o enriquece e faz-me verdadeiramente pobre.” Sinto uma perda, uma perda atribuída às ações levianas de outros que não gostam de mim. Não mereço esse julgamento injusto. Estou trabalhando honradamente, mantendo o foco, buscando o caminho da felicidade, ajudando meu próximo. Mas, para um final feliz, meu anjo da guarda me disse que só preciso deixar a energia fluir no meu ritmo, abrindo caminho, não abra mão de ser professor.

A intenção daquela aluna não tinha o mínimo propósito de melhorar sua família ou fortalecer seu casamento. Ela levou seu marido ao diretor e ali expôs sua maneira irrefletida de agir, sem a intenção de melhorar também a escola e seus estudos. Ela denegriu a imagem de um professor de muitos anos de serviço prestado àquela unidade escolar, um professor de boa índole e utilidade comprovada. Ela subestimou a capacidade de leitura de mundo, compreensão e interpretação do meu diretor, escrevendo a ele aquela denúncia. Ela não pensou que eu poderia divulgar minha versão original. Ela só pensou em dar um motivo para me expulsarem da escola, queria prejudicar meu profissionalismo, pois apenas imaginou que eu poderia perder o emprego do qual sustento minha família como castigo pelo que fiz, não com a intenção imputada por eles. Afinal, a coordenadora pedagógica adora fazer relatórios negativos sobre professores para se projetar na função que ocupa por favores políticos, então atende a coveniência para agradar da comunidade! E os alunos maldosos sabem disso: é o caminho mais curto para o diretor.
Depois de tudo, eu ainda seria professor dela, em péssimas circunstâncias de ensino e aprendizagem. Se ela considerava minha atitude tão criminosa, por que não foi à polícia, onde há investigadores competentes, em vez de fazer “justiça” com as “próprias mãos”? E em que escola eles aprenderam isso, pois são rápidos em denunciar picuinhas, sem nem conversarem comigo (Sem dar chance de defesa à vítima)?
Bem sei que um erro não conserta o outro, porém quero me justificar. Num momento vago da aula, comecei a ler as mãos de alguns. Infelizmente, ela se aproximou e me deu a mão para eu falar seu futuro. Segurei sua mão e falei coisas triviais, nada comprometedor, era apenas uma brincadeira à vista de todos. Gosto de agir assim com meus alunos para facilitar a relação professor/aluno, gerando confiança e lucro na aprendizagem (já que eram adultos da EJA). Mas, ela não entendeu e, incentivada pelo namorado ciumento, maldosamente foi juntando ódio e premeditando os fatos com a finalidade de me acusar de assédio sexual. Como sou um péssimo profeta, não sabia que iria ter revelações do seu futuro tão pressionado assim. No final, não aprendi nada com suas ameaças e denúncias. Só me fizeram, mais uma vez, consciente das possibilidades de fracasso de minha profissão e, por tabela do sistema educacional, porque esse não é um caso isolado. Vou morrer sem saber em que parte eu a ofendi! “Para os puros, todas as coisas são puras…” Tt 1:15.
Nunca pensei que houvesse necessidade de divulgar esse texto, um retrato da minha tolice, considerando que aprendi com a Bíblia que “Quando o tolo é ofendido, logo todos ficam sabendo, mas quem é prudente faz de conta que não foi insultado.” (Prov. 12:16). Mas, o fiz porque, agora acho, que ele vai ser útil para alguém também iludido pelo sistema. Essas formas de vingança de aluno e seus donos estão cada vez mais frequentes não só na escola, mas também em qualquer outro trabalho. “Louco não é o homem que perdeu a razão. Louco é o homem que perdeu tudo menos a razão.” (G. K. Chesterton).