"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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quarta-feira, 30 de novembro de 2016

PRESSÁGIO PROFÉTICO ("⁠Aquele que sabe ler as nuvens, pode ser considerado vidente". — A. L. Volovitch)


Crônica

PRESSÁGIO PROFÉTICO ("⁠Aquele que sabe ler as nuvens, pode ser considerado vidente". — A. L. Volovitch)


Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Hoje, uma coruja desembarcou no umbral do meu portão, desceu como um alienígena, eu passei a poucos centímetros por baixo, e ela não se mexeu. Temo esse presságio, sendo desfavorável para a minha saúde. Talvez, iminente doença. Só espero que o mal do corpo seja atenuado com um tratamento imediato. Eu queria que fosse uma doença de amor: oxalá fosse viver uma gratificante experiência amorosa, amorosa felicidade, e vida pacífica e feliz. Mas, com certeza não será! É hora de namorar a morte e casar com ela, talvez! Mesmo em anos de casamento desacreditado, há tempo para nós dois coabitarmos do jeito que Deus prometeu, não me importando se tivermos acabado de nos conhecermos. Eu vou ter que abrir mão do humor  jovial e da boa natureza para o meu encontro necrófilo com você. A flexibilidade é altamente necessária neste momento. Pois, no purgatório ninguém é feliz.
            DIANTE do presságio, não sou nada! serviu apenas para eu encontrar a certeza do limiar do meu ser, vou entrar em contato com minha criança interior, pedir-lhe-ei permissão para desfrutar mais um pouco de minha vida. A repugnância é mais rica à medida que vou mais fundo nas sombras. A partir de hoje, sinto a necessidade de me orientar melhor, cultivar lazer criativo, pensar EM VIVER MAIS. Mas, alguém do Demônio vai me acelerar rumo a imperfeição e me tornar improdutivo. 
           Não, talvez não seja nada do acima exposto, a coruja veio apenas para advertir que a harmonia estabelecida entre o meu passado e o presente estabelece uma fase positiva para ajustar as rotinas e articular com a família. Estou tentando juntar os cacos de minha vida. E tentar reajustar meus hábitos e estabelecer metas para ajudar a me reconciliar com minhas obrigações. Embora algumas fantasias possam minar meu julgamento, eu ainda acredito que o que está ocorrendo é um bom presságio, pois outros conselheiros astrológicos dizem que sonhar com coruja simboliza amizade, apoio, sucesso social e realização. 
            Seja o que for, eis-me aqui. 
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 05/11/2016
Reeditado em 30/11/2016
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sábado, 26 de novembro de 2016

AUTODISCIPLINA E POSSE DE SI MESMO ("Ninguém vence o mundo se primeiramente não vencer a si mesmo através da autodisciplina". NannyeDias)



Prosa poética

AUTODISCIPLINA E POSSE DE SI MESMO ("Ninguém vence o mundo se primeiramente não vencer a si mesmo através da autodisciplina". Nannye Dias)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Hoje, um domingo oco, uma nova semana à vista, um caminho a ser percorrido; ao meu lado, uma pessoa com um problema na "coluna vertebral", queixando-se de dor, como vou caminhar com ela? Eu tenho um objetivo, preciso está ME movendo na direção certa e com confiança. Mas, apesar dos motivos que me atrasam, NÃO POSSO ESTÁ NEM UM pouco relutante e hesitante em seguir em frente, MESMO que seja SOZINHO e em qualquer situação. Se não é para o meu coração brilhar com um sentimento de companheirismo, então que seja em total liberdade. Não estou aqui me desprendendo das amarras, porque gosto de está solitário, é porque não suporto mais as prisões. Tudo tem a ver em me permitir e me expressar com espontaneidade. Há conforto em estar em posse de minha própria personalidade, ASSIM JÁ DISSE JOHANN GOETHE: "Não se possui o que não se compreende". E aqui falo da minha vida para me conhecer melhor, assim, PORÉM, fica mais fácil culpar os meus inimigos, oferecendo-lhes detalhes verdadeiros de tudo que sou — amontoando brasas em sua cabeça. Sou a profecia de minhas crônicas emocionais que VOCÊ lê e me atribui renovos em cada leitura. Confio ao SEU entendimento a minha melhor imagem: física, moral e mental. Sou também como a tensão entre a Lua e a Terra que não assombra mais ninguém, apenas faz as marés e acorda os vulcões. EU PROVOCO SUAS OBSERVAÇÕES A MEU RESPEITO, PORQUE QUERO MELHORAR os seus instintos; embora marés lhes afoguem e vulcões lhes sufoquem, não pretendo sua morte. "Compre a verdade e não abra mão dela, nem tampouco da sabedoria, da disciplina e do discernimento." Pv 23:23 NVI)
            Mas, estou fugindo dos como disse Paul Valéry:  "Quem não pode atacar o argumento ataca o argumentador." Eu preferia não ter liberdade de expressão e ter muitos vigiando o que eu digo, do que expressar-me livremente onde ninguém respeita minha expressão. Abaixo a democracia que os egoístas mandam, salve a ditadura onde os justos podem mandar.

Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 20/11/2016

Reeditado em 26/11/2016

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O PROFESSORADO BIPOLAR ("E aí, a bipolaridade chega, o sorriso que estava no rosto sai, a música que estava a tocar para, a alegria some. E isso já não é estranho para mim". — Maxsander Barros)


Crônica

 Os momentos festivos na escola são muitos, diga-se de passagem; dessa vez, foram antecipadas as celebrações do Dia dos Professores. São nesses momentos que percebemos a intensidade dos prazeres da vida presente; e, quando isso acontece, até mesmo, as responsabilidades são vistas como agentes de estabilidade e bem-estar. Não sei por que o professor ainda morre de estresse! Com tantos lanches gostosos e na companhia de tantas pessoas agradáveis; tudo isso, muito serviu para me estimular a criatividade; por isso, tenho muitos motivos para fazer esta crônica da vida escolar. Agora, depois da pandemia, creio que estou passando por uma revolução emocional. E estou certo que minha privacidade irá sofrer uma nova configuração. Mas, não tem problema, pode me incomodar com sua alegria... ela me serve mais que o tal "distanciamento social". 
            Os outros momentos na escola são tristes, assim: Alegria de pobre dura pouco. Então, estas situações desbotadas fazem-nos esquecer aquelas muito rapidamente. Já é o mês de outubro, estou me preparando para viver momentos de tristeza. POR ESTA época, a minha profissão não é apenas ensinar, é também "dar" uma nota para o aluno, eu preciso redobrar o meu cuidado com as tarefas do trabalho, para não ser erradamente acusado de injusto. Mesmo assim, a difamação profissional é frequente neste lugar. A única chance que tenho é abandonar a vaidade e deixar minha insignificante capacidade falar a meu favor. DESEJARIA, pelo menos, que o final da semana fosse só uma prisão para o coração; mas hoje, eu nem vou dormir lidando com esse TAL diário eletrônico! Tenho de confessar a vocês que estou passando por uma forte crise existencial: uma mistura de insatisfação e esperança, isso não é fácil de lidar, porém, há uma luz no final do túnel, dizendo que ainda posso acreditar na liberdade. A esperança das FÉRIAS é a distração do dia, fazendo-me sonhar e planejar uma bela viagem. Eu vou viajar, aprender coisas novas,  inspirar-me ... porque essa lamúria causa-me mais tristeza ainda.
            O professor bipolar é assim: SOU RUIDOSO. GOSTO DE FALAR; FALO muito; e FALO alto. ESTOU sempre pronto a dar a MINHA opinião, mesmo sendo geralmente ignorante a respeito do assunto em questão, tendo sido SOLICITADO ou não a dá-la. Se ME deparo com qualquer resistência, simplesmente aumento o tom. CORRIJO qualquer outra pessoa que esteja falando, buscando pequenos detalhes que são irrelevantes. Talvez, VOCÊ SE PAREÇA COMIGO ou não! Se não, não é professor público. "Os sentimentos do coração humano, tanto a tristeza quanto a alegria, só são conhecidos por quem sente; ninguém pode ver, conhecer ou sentir as emoções de outra pessoa" (Pv 14:10 BV).


Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 30/10/2016
Reeditado em 26/11/2016
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sexta-feira, 25 de novembro de 2016

SENTIMENTOS VIRTUAIS! ("Amor virtual é bom para robô, que não sente nada. Pessoas precisam de laços, abraços, olhos nos olhos, o toque das mãos. Day Anne)



Crônica

SENTIMENTOS VIRTUAIS! ("Amor virtual é bom para robô, que não sente nada. Pessoas precisam de laços, abraços, olhos nos olhos, o toque das mãos. Day Anne)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Namoro pela internet e gosto desta sua admiração Virtual, sem o calor do corpo, apesar de não me beneficiar em nada, melhor é não me odiar virtualmente, ainda que falasse mal de mim, pelas redes sociais, como o fazem meus inimigos informatizados. Pelo menos, eu ganho a dedicação deles, confirmada no "dislike". Sem derramamento de sangue!
          Posso não gostar de assistir à evolução feminista, porque é o caminho para o fim das boas relações interpessoais, porém gosto do desbancamento dos donos de mulher, que também atrofiam as boas relações. O extremo inferiorizador são aqueles que batem nelas e perseguem os seus amantes, estes são bloqueados por todos. Embora, Internauta que sou, ainda continuo no prejuízo, elas também me rejeitam, por falta de expressão agregadora; mas  não sirvo para ser dono de ninguém. Todavia, não entendo a mim mesmo, estou reclamando por quê? Nunca percebi minha aversão a duas mulheres se pegando, quando é hora do filme pornô; se é prejudicial a elas não me importo, quero saciar minha sede virtual. 
           E assim, estou perdido, porque perdi de vista meus objetivos tradicionais da vida, envolvido pela internet; agora eu me sinto preocupado e inseguro sobre o caminho solitário que estou seguindo. Sexo pela internet é uma forma de celibato sem deixar de fazê-lo; já que está tudo perdido mesmo, vou apenas confirmar o celibato que é quase automático na terceira idade. Apesar de tudo, tenho muito jeito com as mulheres e sou fluente diante do monitor do computador. Talvez uma conferência longa com um psicólogo, eu ainda possa ver algum benéfico nessa relação homem e mulher além de sexo presencial, podendo ser atendido satisfatoriamente pelo relacionamento virtual.  
           Há um coração em cada pessoa, os sentimentos fluem! Depois de tudo, há estimulação cósmica para o amor virtual. Ao invés de pão e circo, ficamos com cama e mesa, tudo pela  internet imersiva (Metaverso)


Kllawdessy Ferreira


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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 22/11/2016

Reeditado em 25/11/2016

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sábado, 19 de novembro de 2016

O SOL NO CORAÇÃO ("A verdade é como o Sol. Ela permite-nos ver tudo, mas não deixa que a olhemos." — Victor Hugo)


Crônica

O SOL NO CORAÇÃO ("A verdade é como o Sol. Ela permite-nos ver tudo, mas não deixa que a olhemos." — Victor Hugo)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Todos os dias, o céu é um espetáculo para mim, não é difícil descobrir que eu sou um "lunar", ontem passei muito tempo contemplando A "superlua", gostei tanto que hoje voltei para contemplar a lua comum! Então, mudei-me MENTALMENTE para a lua e fiz DELA O ESCONDERIJO íntimo dos meus mistérios. E eu ainda estou perdido no seu mapa, CAÇANDO O MENINO JESUS. Eu queria encontrar as pessoas amigáveis que já se foram, AQUELAS que diziam gostar DE MIM, realmente querendo iluminar meu caminho para alcançar meus objetivos nobres, mas eu não AS vejo. Como posso continuar confiando e ME apoiando nessa esperança, se NEM mesmo no "mundo da lua", eu não AS encontro? Eu só quero um aviso, dê-me um sinal para manter meu desejo de que você foi para algum lugar aconchegante. Sempre busquei MOTIVAÇÕES VARIADAS PARA FAZER da terra minha lua! Talvez minha parte nesta realização seja mais determinação e luta para levar-lhe às estrelas. Caso contrário, vou me reduzir de "lunar" a "lunático"! E direi como Murillo Leal: "Sou um Lunático! Vivo em um mundo que não me pertence. Respiro um ar impuro." 
           Obrigado, Manoel Bandeira! Mas, EXPLIQUE-ME por que aquela estrela distante não baixava para minha companhia?! A lua já não me basta mais!  

"A Estrela
Vi uma estrela tão alta, 
Vi uma estrela tão fria! 
Vi uma estrela luzindo 
Na minha vida vazia.

Era uma estrela tão alta! 
Era uma estrela tão fria! 
Era uma estrela sozinha 
Luzindo no fim do dia.

Por que da sua distância 
Para a minha companhia 
Não baixava aquela estrela? 
Por que tão alto luzia?

E ouvi-a na sombra funda 
Responder que assim fazia 
Para dar uma esperança 
Mais triste ao fim do meu dia."

           Então, continuei olhando a Lua, eu também ouvi da "sombra funda" a voz da estrela da vez, tomada pelo ciúme: O sol.  Então, compreendi que só fala com a lua quem tem sol no coração! Quando for rei, quero uma estrela em minha coroa, linda como o sol!
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 15/11/2016
Reeditado em 19/11/2016
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sábado, 12 de novembro de 2016

A REPROVAÇÃO ESCOLAR NÃO INTERESSA A NINGUÉM! ("Cercado de amor não existe reprovação." Leila Boás)

A REPROVAÇÃO ESCOLAR NÃO INTERESSA A NINGUÉM!        ("Cercado de amor não existe reprovação." Leila Boás)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           O pior e mais deplorável argumento, a fim de passar à outra série um aluno sem mérito algum, é perguntar ao professor dele: — "Você quer tê-lo novamente como seu aluno no próximo ano...?" Para se ver livre, o professor concorda! Por essas vias, o aluno é incentivado a perturbar mais ainda as aulas, atrapalhando professores e colegas. Descobriram o segredo! Mas, é assim que os coordenadores contribuem com a confecção de índices maiores de aprovação; coitados, também são pressionados de cima para baixo.
           A coordenadora de disciplina odeia muito ver o professor sentado à mesa, lendo e corrigindo as redações dos alunos, ou simplesmente escrevendo vistos no caderno deles, tanto que isso é tema em todas as reuniões pedagógicas. E aconselha-nos nervosamente sobre esse momento: — "Devem passar outra atividade no quadro para os alunos nunca ficarem um instante ociosos e evitarem a bagunça". (Como se eles não tivessem outras disciplinas para estudar!). Ora, se os alunos sabem que serão aprovados automaticamente, vão se importar com mais uma tarefa no quadro, valendo os pontos prometidos!? O que esses evitadores de serviço não sabem, é que quando os alunos não querem estudar, tampouco se atentam às suas atividades e nem de uma e nem de outras matérias. Ninguém gosta de professor mesmo, todos usam-nos e abusam da nossa boa vontade!
           No início do ano, todos da equipe escolar juntos em uníssono, reafirmamos o voto: — "Vamos aprovar só os alunos dedicados e estudiosos, sejamos rígidos, nossa escola é séria"! Agora, em um passo de mágica, logo o tempo prova o contrário, os bons propósitos mudam, e tornam-se em nada à medida que os projetos de recuperação paralela tentam novamente: feira de ciências e interclasses. De forma alguma, não se consegue mais enganar os alunos; os espertos nunca querem estudar e pronto... Eles continuam usando de todo subterfúgio espúrio para se dar bem. A escola, por sua vez, também tenta lucrar com as situações conveniente e inconveniente. Aqui une a fome com a vontade de comer: o professor quer também se dar bem.
           No final, terceiro bimestre em diante, a pressão psicológica aumenta em cima do professor (enquanto deveria ser em cima do aluno), é um assédio moral aqui, outra imoralidade ali, uma falta de ética acolá e assim vamos-que-vamos; contanto que todos os alunos sejam promovidos. A reprovação não interessa a ninguém. Se o professor, por descuido ou por uma expressão de justiça, deixa algum aluno com nota abaixo da média, no final do ano, após a recuperação, quando vai ver, os que mexem no diário eletrônico colocaram a média para este. 
           Observei também durante o ano letivo que é precisamente no quarto bimestre o aumento das denúncias sobre professores. As mais banais acusações, versando sobre o comportamento moral, espiritual, ético e profissional do professor dentro da sala; questões pessoais e outros assuntos particulares, trato com notas, até o modo do professor se vestir. Porém, o fim é sempre o mesmo, cooptação de nota para conseguir, de qualquer jeito, a aprovação. Tudo isso reforçado ainda mais com a visita de pais "nunca" vistos no ambiente escolar, "barraqueiros" e ameaçadores, aqueles sabedores do endereço da secretaria da educação, e de todos os seus telefones administrativos. Há outros mais educados, simples e descaradamente oferecendo-nos suborno e propina em troca de aprovação dos filhos.
             Contudo ainda, falando da dependência curricular, o aluno, por último, será promovido mesmo que fique reprovado em duas matérias, ele nem se preocupa, pois um "trabalhinho" lhe esperará para cumprir o feito. É lógico, o professor de jeito nenhum quer trabalho extra no próximo ano, então é melhor ficar livre de problema agora mesmo! E no final, não é preciso morrer ou matar ninguém!
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 08/11/2016
Reeditado em 12/11/2016
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sábado, 22 de outubro de 2016

IDENTIDADE DE GÊNERO EM CRISE ("Ser um homem feminino/Não fere o meu lado masculino/Se Deus é menina e menino/Sou Masculino e Feminino..."- Pepeu Gomes.)


       
         
Crônica

IDENTIDADE DE GÊNERO EM CRISE ("Ser um homem feminino/Não fere o meu lado masculino/Se Deus é menina e menino/Sou Masculino e Feminino..."- Pepeu Gomes.)

Por Claudeci Ferreira de Andrade*

            Eu sempre fui considerado machista e homofóbico, mas nunca lhe perturbei. Por que você, que não é nada disso, perturba-me com sua crise de gênero? Quem é o pior de nós? Agora vou incomodá-lo, experimentando um pouco de você! Pois, estou inquieto. 
           Todavia, hoje, deixarei vir à tona minhas emoções e que elas tomem conta de meu coração! Adoro um devaneio, um filosofar sobre a vida e o amor. Isso é ótimo! Mas, é lógico que terei cuidado para não me atropelar em paixões a fora, ao tratar de coisas subjetivas. Como já falei, minhas intuições ficam mais fortes nesses momentos apaixonantes, porém não me deixarei guiar cegamente pelos baixos instintos, preciso de objetividade também. Sobretudo, nas responsabilidades da vida, preciso de um mimetismo eficaz.
             "Quem tem o coração carregado de sofrimento e dor? Quem vive se metendo em brigas e confusões? Quem será sempre machucado? Quem está sempre com os olhos inchados?" (Pv 23:29 BV). Não são só os bêbados, mas também os embriagados de paixões carnais. Dançando na chuva, sem olharem onde pisam, machucam-se! Cambaleantes no meio das trevas, em busca dos vaga-lumes de bunda colorida e lampejos demorados, também se machucam. Quando se bate em um bêbado, é deprimente e, pior, quando se apanha de um bêbado! Gênero fraco bate em homossexuais e apanha de mulher. Sempre quis ser homem forte, e agora que me encontro encorajado, o amadurecimento vem me ensinando a ser "fraco". Nesse momento, descobri com Friedrich Nietzsche que: "É necessário ter o caos cá dentro para gerar uma estrela." Por isso, digo como o apóstolo Paulo: "...quando estou fraco, então sou forte..." (2Cor 12:10 BV). Nessa situação, uma voz bissexual me diz: "Você não tem mais idade para brincar de esconde-esconde, mas eu vou lhe 'pegar'". Em tal caso, infelizmente tenho que fazer minhas as palavras de Augusto Branco: "Receio estar vivendo num tempo em que para amar uma alma feminina terei de namorar um homem e que para demonstrar masculinidade terei de agir como mulher... Pepeu Gomes que o diga: "Ser um homem feminino/Não fere o meu lado masculino/Se Deus é menina e menino/Sou Masculino e Feminino..."
             Bem ...  Como se não bastasse, o mundo andar de cabeça para baixo, ainda está do avesso: Se os homens estão liberando seu lado feminino, as mulheres hoje em dia bebem quase o mesmo que o homem! Não se pode ignorar que a luta evangélica está sendo em vão. E no final, eu possa cantar com veracidade o refrão com o Chico César de sua canção: Mulher Eu Sei — "Eu sei como pisar/No coração de uma mulher/Já fui mulher eu sei/Já fui mulher eu sei..." 
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 20/10/2016

Reeditado em 22/10/2016

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quinta-feira, 13 de outubro de 2016

A ESCOLA CONFESSIONAL DO INFERNO ("A religião prestou ao amor um grande serviço, fazendo dele um pecado" —Anatole France)



Crônica

A ESCOLA CONFESSIONAL DO INFERNO ("A religião prestou ao amor um grande serviço, fazendo dele um pecado" —Anatole France)

Por Claudeci Ferreira de Andrade


            Lendo uns pensamentos de Machado de Assis, deparei-me com este: "Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O Diabo, invejoso, fez o homem confundir fé com religião e amor com casamento". Como se trata dos pilares de sustentação da sociedade, vou acrescentar a escola, parafraseando o grande literato brasileiro: Deus, para o crescimento intelectual do homem, inventou o ensinar. O Diabo, invejoso, fez o homem confundir o ensinar com escola.
             Se essas entidades tradicionais desvirtuaram o princípio motivador do ideário divino, é bem merecida a falência. A prova de que Deus não está morto, é o bem vencendo o mal, trazendo de volta o equilíbrio: destruindo o que contamina a religiosidade, a família e a escola. Apesar da exploração da fé, "Deus constrói o seu templo no nosso coração sobre as ruínas das igrejas e das religiões." (Ralph Waldo Emerson). E apesar do manto de moral que pressupõe a casamento sagrado, lembra-nos Luis Fernando Veríssimo: "Quando o casamento parecia a caminho de se tornar obsoleto, substituído pela coabitação sem nenhum significado maior, chegam os gays para acabar com essa pouca-vergonha." E apesar do sistema educacional inchado de especialistas para ensinar, o Immanuel Kant também escancara a realidade ideológica da escola atual:  "Por isso que se mandam as crianças à escola: não tanto para que aprendam alguma coisa, mas para que se habituem a estar calmas e sentadas e a cumprir escrupulosamente o que se lhes ordena, de modo que depois não pensem mesmo que têm de pôr em prática as suas ideias.
          Então, naquela aula de sociologia, eu falava sobre as classes sociais. Segundo Weber e Durkheim e os seus critérios de estratificação. Meus alunos estavam sentados como estátuas, quietinhos, todos olhando para mim, POR MEDO DA COORDENADORA, a quem ameacei entregá-los. No final, eu lhes perguntei alguma coisa pertinente ao que acabara de dizer. Ninguém me respondeu nada. Não sabiam...! Do que valeu minha aula? Agora sou forçado a refletir nas aulas de inglês que assisti em toda a minha vida de estudante e hoje não sei nem o verbo "to be". Parece-me que as imposições é o dedo do homem estragando o ideal.
            "Mas tudo acaba onde começou". "A religião começou quando o primeiro patife conheceu o primeiro tolo." (Voltaire). Sim, depois a religião criou o casamento e a escola. Ainda tem quem ousa dizer que as melhores escolas são as confessionais. Portanto, religião não se discute, deixa eles fazerem o que querem, já dizia Napoleão Bonaparte : "A religião é ótima para manter as pessoas caladas".
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 13/10/2016

Reeditado em 13/10/2016

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terça-feira, 4 de outubro de 2016

ABAIXO AS HORAS EXTRAS FORÇADAS (Isso não entrou na reforma do Ensino Médio. )

       
 
Crônica

ABAIXO AS HORAS EXTRAS FORÇADAS (Isso não entrou na reforma do Ensino Médio. )

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Nesta minha profissão, entra semana e sai semana, e a rotina me consome depressa, ainda ouso chamá-la missão, sacerdócio ou educação. E meus chefes, que me cobram serviço, coerentes ou não com o objetivo geral, chamam-me de colega! Já estive melhor em outras reflexões, porém nesta, estou cansado demais para pensar, andando à caranguejo, olhando para trás e achando tudo normal. Inclusive explico por que esta semana foi mais cansativa. Imagina ir dormir às três da madrugada, em dois dias úteis, digitando notas de aluno como uma obrigação do trabalho na escola, não bastava ser uma nota bimestral, mas teria de registrar as quatros colunas para o aplicativo fazer a média aritmética. Experiência insana, se o uso da produção não é urgente, ainda não chegou o quarto bimestre. Mas, minha colega que é coordenadora de muitos anos cobra-me o fechamento em uma data rígida sob ameaça de me relatar ao diretor, e a cobrança é sem escrúpulo à vista de todos: "você ainda não lançou as notas!" E os outros colegas ficam felizes por não ser assim com eles: foram pontuais, anteciparam suas insônias. Porém, podia ser com qualquer um, se estivessem em meu lugar, que preciso trabalhar em duas escolas.
           Preencher diário de classe com várias colunas de nota para justificar um bom trabalho, é trabalho não criativo, diga-se de passagem atrofia-nos! Por isso me chamam de preguiçoso! Não priorizo, ainda porque o final do ano está longe. Mesmo assim, estou sem nenhuma condição de estabelecer conversa que fortaleça algum dos laços respeitáveis, podendo apenas aumentar as diferenças, este é meu aperfeiçoamento: retração que se parece com resiliência. Ouvir o outro neste momento não será um aprendizado, estou incapaz de compreender as expectativas do contexto, tomado por raiva. Assim, se faz um homem na linha de montagem.
           A outra parte é boa: o preparo das aulas. Eu aprendo muito, refresco minha memória e treino minhas habilidades. Apenas reclamo de ter aulas bem preparadas e mal conduzidas, pois dependo do público alvo, não selecionado por mim. E eu também não fui selecionado por ele.  Isso não entrou na reforma do Ensino Médio. O que diria Arthur Schopenhauer sobre receptividade dos doutores lecionando em salas de aulas do Ensino Fundamental e Médio do atual sistema educacional? Baseando-me em sua frase: "Uma pessoa de raros dons intelectuais, obrigada a fazer um trabalho apenas útil, é como um jarro valioso, com as mais lindas pinturas, usado como pote de cozinha." Eu diria que falta motivação para a boa formação continuada.
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 01/10/2016
Reeditado em 04/10/2016
Código do texto: T5778020
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sábado, 10 de setembro de 2016

A ESCOLA MAQUIAVÉLICA ( "Usar a inversão de valores para conseguir o que se quer sempre será uma estratégia maquiavélica e ardilosa." — Edson Caserna



Crônica

A ESCOLA MAQUIAVÉLICA ( "Usar a inversão de valores para conseguir o que se quer, sempre será uma estratégia maquiavélica e ardilosa." — Edson Caserna)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

         O que pretende o sistema educacional com a sua frouxidão de prática e de propósitos, maquiando com tópicos da democracia:  "Por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento " — Pitty. E adotam a cartilha de Maquiavel (Educador de príncipe - "Os fins justificam os meios" é uma famosa frase significando que qualquer iniciativa é válida, quando o objetivo é conquistar algo importante.). Percebo, na atual conjuntura, o porquê da inversão de valores: o aluno é colocado como o centro de tudo no sistema educacional, enquanto deveria ser os saberes. "[...] Cuidado com aquele para o qual você dá poder, pois a criatura pode voltar-se contra o criador e arruiná-lo" (Ercília Macedo-Eckel. Maquiavel, polêmico e atual:DM, OP 10/09/2016, pág. 17). 
           É exatamente isso que está acontecendo: o fim está equivocado, e mais gravemente, acontece na escola pública a supervalorização dos gráficos altos. Estão ensinando que os fins justificam os meios, a exemplo de não se importarem com a falta de qualidade, visando só a quantidade. Classes cheias de alunos "empoderados" sem o nível prerrequisito para a tal série. Produza o que produzir; o que der, deu! O problema está em focar no fim espúrio. Se as normas fossem empregadas, o medo do castigo faria com que boas ações fossem imediatamente estabelecidas. Quem dera fosse, os meios justificando os fins. As ações bem direcionadas por si só seriam a inspiração motivadora, os índices seriam alcançados automaticamente. A qualidade seria a preocupação primeira em cada passo dado no rumo certo. Gustave Flaubert disse: "O sucesso é uma consequência e não um objetivo".
          Falsos moralistas, aproveitadores do sistema, unicamente cuidando de afiar suas denúncias, porque sabem que dentro da folga democrática são ouvidos e levados a sério, embora o denuncismo ou "delação privilegiada" é um tipo de educação para a traição, mais ainda não deixou de ser geradora de revolta e motiva as pessoas a uma confusão e desatino, em relação ao fim nobre. É como disse Diógenes: "Entre os animais ferozes, o de mais perigosa mordedura é o delator; entre os animais domésticos, o adulador". A escola insiste em ensinar que cidadão é aquele que percebe criticamente sua realidade e denuncia as supostas mazelas. O líder democrático gosta de denúncias? Maquiavel diria que a crueldade do líder é necessária, a prática da justiça seria a única forma de piedade. Dentro da mesma escola estamos em guerra, pela luta de classe e pelo emprego. E em "tempo de guerra a crueldade torna-se indispensável". Não se trata adversários de guerra a pão-de-ló. Porém, a escola dá o melhor cardápio em lanche como se esse fosse o alvo principal! Não estou falando da violência crua e sem sentido que ocorre na escola entre alunos/professores, mas falo sim da batalha intelectual e ideológica para ocupar as vagas superiores e privilegiadas.
           Como um governo expande seu território? Josué, Calebe e o povo de Israel conquistaram a Canaã prometida com piedade e amor? Não. O que eles fizeram não produziu vínculos duradouros. Uma coisa é parecer cruel e outra coisa é ser de fato cruel. É preciso se cuidarem o gestor e os coordenadores, pois não devem nem se mostrar pessoalmente cruéis. Se faz necessário que toda crueldade política deve ser justificada, por causa das eleições para o próximo mandato. Porém devem ser firmes no compromisso com a verdade e honestidade. Já me disseram que aluno não é amigo de professor e o professor não deve ser amigo de aluno, mas deve reinar entre eles apenas uma amizade fundamentada totalmente no bom interesse recíproco. E finalmente, os meios justificarão os fins e não o contrário. "O príncipe que chega de viagem estaria mais seguro se 'fosse mais temido do que amado'"? (http://impresso.dm.com.br/edicao/20160910/pagina/17)
          Então, que crueldade milagrosa é essa? É manter a palavra dada segundo a justiça; fazer cumprir o regimento interno; agir no interesse de uma causa nobre; manter a postura. As estatísticas maquiadas não são causa nobre! Tudo deve está imediatamente na direção do alvo supremo da escola: passar o conhecimento útil, e não passar o aluno de série à revelia.       
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 09/09/2016
Reeditado em 10/09/2016
Código do texto: T5756044 
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