"Se você tem uma missão Deus escreve na vocação"— Luiz Gasparetto

" A hipocrisia é a arma dos mercenários." — Alessandro de Oliveira Feitosa

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sábado, 7 de novembro de 2015

A EDUCAÇÃO "DESMELHOROU"? ("A crise da educação no Brasil não é uma crise; é um projeto." — Darcy Ribeiro)


Crônica

A EDUCAÇÃO "DESMELHOROU"? ("A crise da educação no Brasil não é uma crise; é um projeto." — Darcy Ribeiro)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           É certo que o Estado de Goiás deve implantar O.S. (organizações sociais) na área da Educação aos moldes das "charter schools" americanas. "O Palácio das Esmeraldas tem como objetivo melhorar ainda mais a qualidade da rede estadual de ensino, apesar de a Educação em Goiás ficou em 1º lugar do País no ensino médio pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para o ano de 2014". "Desmelhorou"? "O objetivo é repetir em outras unidades de educação o mesmo sucesso apresentado pelos colégios militares, cujo corpo administrativo é formado por oficiais e praças da Polícia Militar e o corpo docente é preenchido por quadros da Secretaria de Educação." E por que não já se converteram todas as unidades escolares públicas em regime militar? (http://www.jornalopcao.com.br/reportagens/estado-deve-implantar-oss-na-area-da-educacao-aos-moldes-das-charter-schools-americanas-2-25931/) - Acessado em 13/02/2021.
           Se os alunos estivessem preocupados com estudos, respeitavam mais seus professores e a escola. Com O.S. ou sem O.S., a escola, o ensino público vai continuar o mesmo. Mesmo que as escolas militares tenham  muita disciplina (rígido comportamento), será se têm reprovação zero? Quem faz a boa escola é o bom aluno! Visto que o aluno também vale a captação de verbas federal e estadual para a escola e até o lanche é por cabeça, então o aluno continua sendo o elemento mais importante da unidade escolar. Por isso, o que importa ultimamente para o sistema educacional é a quantidade e não a qualidade. Vou repetir: Acho que qualquer escola é boa quando se tem bons alunos, para isso é somente selecionar o alunado, e perseguir os objetivos essenciais!
           Refutou a aluna Nataliane Xablau Cherry em minha linha do tempo (Facebook): "Não só os alunos,  vamos combinar que a escola deve ser um conjunto de pessoas lutando pela mesma causa... alunos... professores... diretoria... e os ajudantes da escola... todos devem agir juntos... o grande problema não são os alunos deixando de estudar e sim esse joguinho de empurra tentando achar um culpado... que não existe... sendo a solução melhor organização das escolas e dinâmica nas salas de aula... desde que se inicie nas bases da educação... quando alguém aí decidir fazer isso, na minha opinião, tudo vai ficar mais fácil. E lembrem de me avisar ... valeu".(sic).
      Sim, Nataliane Xablau Cherry, você está cheia de razão quando se olha o todo, mas eu penso essa questão como penso em um carro, pode está tudo em ordem, mas se não tiver gasolina (combustível), ele não vai andar. O aluno é o combustível da educação! Qualquer elemento desses a que você se referiu é dispensável, menos o aluno (tudo na escola existe em função do aluno - se não existir aluno não existe escola!), porém se o aluno for autodidata, haverá uma boa escola debaixo de uma árvore ou em uma garagem qualquer com muitos livros e uma conexão de internet! Analisando melhor, o objetivo maior de quem estuda, creio ser a aprendizagem e não aprovação sem mérito. No atual modelo, conta-se mais o número de aluno que é abundante na escola para todos. Por que se priorizam as estatísticas bonitas, quando se sabe que a realidade não condiz! Fica claro então, para a administração, o que importa para o atual sistema é a quantidade e não a qualidade. Pois, muito aluno requer muito tudo... De graça!
            A escola precisa continuar sendo o cabide de emprego que é? O sistema está inchado de cargos inúteis! Todavia, nesse caso, como é necessária a sobrevivência de todo mundo, então, aceita-se o grande interesse pela quantidade de aluno, que são contados para credenciar as verbas para a escola. Se, quem sabe, deixassem de adotar todos os métodos de aprovação fácil para evitar evasão de alunos, parariam de sacrificar a qualidade pela quantidade? Você já viu salas de aula com 45 alunos que o professor passa o tempo da aula só tentando manter a ordem? Deixe-me desenhar: Meio copo com leite é leite puro, meio copo com água é água pura, porém se misturar perde a qualidade porque terá um copo cheio de um líquido que nem é leite e nem é água!  A solução é Selecionar. Mérito a quem mérito; honra quem honra. "A diferença entre a empresa privada e a empresa pública é que aquela é controlada pelo governo, e esta por ninguém." (Roberto Campos).
           Por que a escola se mostra mais interessada no sucesso do aluno que ele mesmo a valoriza? Espero ter ajudado com minha experiência.
Kllawdessy Ferreira

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domingo, 18 de outubro de 2015

EU NÃO SOU MINHA CALÇA XADREZ (Agostinho ou Chaves, eis a questão?)


Crônica

EU NÃO SOU MINHA CALÇA XADREZ (Agostinho ou Chaves, eis a questão?)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Sempre gostei da estampa xadrez em minha vestimenta. Sinto-me alegre! Agora é preciso sentir-me palhaço para levar na brincadeira as afrontas da sociedade. Apesar de ter sido uma criança com medo de palhaço, já compreendo a importância dos palhaços trabalhando para trazer a alegria a muitos, embora, muitas vezes, estejam tristes. Por isso, quero despi-me de meu jaleco branco, camuflador de pó de giz, para usar permanentemente a indumentária alegre de quem vive em um circo, valendo-me assim da honra de um bom palhaço, também critico minha disposição em adequar-me ao comportamento enganoso que hoje o aluno, os pais, os colegas e o governo exigem da escola e do professor.
           O figurinista Cao Albuquerque, responsável pelas vestimentas do elenco dos mais queridos do seriado “A Grande Família”, da Rede Globo, disse: "Eu pensei que ele tinha que ser anos 1970, porque ele é o cafajeste, enganador, tem uma coisa clown (palhaço, em inglês) e farsesca. (...) O Pedro Cardoso, que interpreta o Agostinho, diz que o figurino ficou próprio de um clown. Ele acha muito legal do ponto de vista de que o figurino ajuda a ninguém ficar com raiva do personagem, mesmo que o Agostinho cometa as maiores barbaridades". (http://www.areah.com.br/cool/estilo/materia/6942/1/pagina_1/estilo-agostinho.aspx) - Acessado 20/10/2015.
           Todavia, o professor é um profissional com uma nobre função que é a de preparar os indivíduos para conviverem, servirem à sociedade e, quando necessário, transformá-la, tarefas nada fáceis. Por que, então, o professor é tão descredenciado por essa mesma sociedade que a ajuda a formar? Ora, o professor é um instigador de ideais, mas ele também precisa sentir prazer com o que faz, ou então, estará sendo obrigado a ser hipócrita, falando coisas em que não acredita, transmitindo emoções que não sente e isto mata a educação. Ou talvez, que se mate a educação antes que eu me mate!
           O lado bom de me fantasiar de palhaço  não é somente meu protesto aos desencantos da escola, mas conto com um poderoso recurso didático para socializar conteúdos da matriz curricular, pois alguns colegas já usam a outras fantasias de palhaço para facilitar suas aulas. O que vale além do mais é a sobrevivência. "Chegará um dia em que no lugar dos pastores alimentando as ovelhas haverá palhaços entretendo os bodes" -C. H. Spurgeon.
           Os alunos precisam mesmo é de professor ou de palhaço? Que tal um pouco dos dois! Que graça tem, um profissional agradar o cliente e continuar sendo o mesmo profissional? Vai desgastar! E por incrível que pareça, o que eles querem verdadeiramente é palhaço!  "Para a aluna Evely Fernanda Damaceno, de 11 anos, a aula fica muito mais interessante e engraçada. “Acho muito legal todas as aulas do professor Júlio. Meu recado para ele é que continue assim”, finaliza a estudante." (http://www.educacao.sp.gov.br/noticias/com-nariz-de-palhaco-e-giz-na-mao-professor-inova-forma-de-dar-aula) - Acessado em 22/01/2021.
           Se no primário se acostumou com palhaçada, não se contentará com menos no Ensino Médio e na vida toda. Os que zombam de mim, chamando-me de Agostinho, vestem-se de "pega-marreco" (modelito do Chaves), e calça rasgada, faltando só o suspensório. Então, ninguém é sua calça! Apenas, e às vezes, estamos no circo errado! "É diferente, diferente eu também sou..."
Kllawdessy Ferreira

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sábado, 3 de outubro de 2015

MILITARIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO ("Onde se cria muita dificuldade, há sempre alguém vendendo facilidades.")


Crônica

MILITARIZAÇÃO ESCOLAR MODERADA ("Onde se cria muita dificuldade, há sempre alguém vendendo facilidades.")

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           Eu sou a oportunidade automática, para eles cavarem suas consequências nefastas por que me maltratam. Porém, prefiro libertá-los, não cortando-lhes as asas, mas os direcionando no vou.  Lori Tansey disse apropriadamente: "Burocracia atrapalha. Onde se cria muita dificuldade, há sempre alguém vendendo facilidades." Os alunos respeitam (tem medo) mais o coordenador, todavia é do professor de onde flui aprendizado deles —Digamos sobre respeito e medo serem dois sentimentos diferentes.
            Estou presenciando a transformação de um colégio estadual comum em militar, mudou-se o diretor, mas os professores continuam os mesmos. Estranhei o fato dos logo serem transferidos para outra unidade escolar comum. E que o ranço acompanhem-nos. Pois o aluno é sempre aluno...  Ouço conversas sobre o sucesso, só por que andam bem uniformizados e debaixo de uma disciplina "rigorosa", fazendo jus ao prestígio de uma boa fama. A pedagogia da repressão nunca teve o respaldo de bons teóricos, porém os pais simpatizam, parece-lhes uma reposição dos cuidados inviabilizados em casa. Não sabendo eles que a escola não dá conta dos dois papéis, formadora técnica e educadora familiar, deixa de fazer um, o seu próprio. Então, continuarão processando a entidade por ela não poder facilitar em todos os aspectos. Se a troca de gestão fez toda diferença nesse caso, o problema das demais deve ser a falta dessa solução. 
           Em uma falta disciplina, na outra tem demais. Disciplina imposta de fora para dentro não é saudável. "obediência forçada não é virtude". Minha pergunta é: o colégio militarizado adotará a aprovação sem mérito para abrilhantar as estatísticas? Não sei! Pelo menos, já não faz mais um exame de seleção para matricular o aluno, agora é apenas um sorteio dos que aparecerem, pois chamaram isso de avanço. 
           Eu sempre pensei que a escola deve ser excludente, sim;  não por um conjunto de normas gerando consequência a quem não as obedecer; mas pelas circunstâncias favoráveis, aos bons princípios familiares. Certamente a seriedade e respeito criam critérios que forçam a evasão dos ruins: os amantes dos atalhos para os rincões do sistema pobre. A escola pouco ensinará quem não sabe ser aluno e não é obrigando sê-lo que o será. Nesse caso, quero uma educação "includente" sim, bem no jeito favorável aos autodidatas, esforçados, os desejosos por si só de melhorar para acompanhar, a evolução, não daquelas que só produzem na marra, sem nem saber o sentido da obediência. Só não estou entendendo o seguinte: Os colégios militares são também estaduais, e os professores estaduais estão mudando para os colégios não militarizados! Porém, o alunado procura os colégios militarizados! Quem está vomitando quem?   https://g1.globo.com/pr/parana/educacao/noticia/2020/11/12/professores-e-pesquisadores-criticam-modelo-civico-militar-para-escolas-estaduais-secretario-diz-que-proposta-atende-anseio-da-sociedade.ghtml - acessado em 13/12/2020.
          Aprovo moderadamente o tradicionalismo na forma de usufruir. A prática fica por conta do modernismo, já que o homem é vivo, ágio e não pode perder totalmente a rédea.  "Se você está fazendo alguma coisa da mesma maneira há dez nos, provavelmente está fazendo algo errado." (Charles Franklin Kettering).
           Além do mais, as pessoas devem ter a oportunidade de se autodisciplinarem, ninguém deve ser regra e consciência para ninguém! Pessoas manipuladas, quando têm a certeza que não estão sendo observadas, fazem coisas horríveis! Pois que é como afirma Rafael de Oliveira Leme: "A arbitrariedade enaltece a ignorância, lapida a jactância e solidifica a idiotia." E como eu não sou o carpinteiro do mundo, por isso vou me recolher aqui em minha insignificância e meu último alento é para citar Michel de Montaigne: "Não podendo regularizar os outros, regularizo-me a mim mesmo."
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 24/09/2015
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sábado, 26 de setembro de 2015

E O CORONAVÍRUS EDUCA A EDUCAÇÃO ("Desaprender para aprender. Deletar para escrever em cima. Houve um tempo em que eu pensava que, para isso, seria preciso nascer de novo, mas hoje sei que dá pra renascer várias vezes nesta mesma vida. Basta desaprender o receio de mudar." —Martha Medeiros)


Crônica

E O CORONAVÍRUS EDUCA A EDUCAÇÃO ("Desaprender para aprender. Deletar para escrever em cima. Houve um tempo em que eu pensava que, para isso, seria preciso nascer de novo, mas hoje sei que dá pra renascer várias vezes nesta mesma vida. Basta desaprender o receio de mudar." —Martha Medeiros)

Por Claudeci Ferreira de Andrade


           Hoje, descobri os alunos, nas brechas que o professor dá-lhes, como os advogados "espertos" usando as brechas das leis a seu benefício, saem para fora da sala, na hora da aula, tumultuando a porta, a fim de que a coordenadora veja e brigue com o pobre professor tolerante! Foi isso que aquele aluno indisciplinado de oitavo ano passou-me na cara.
           Frustrado com minha proposta de ministrar aulas mesmo a quem nem dá valor em meus ensinamentos, e sabendo sobre a maioria está ali para não sei o quê; justifico o meu trabalho e a dignidade de meu salário, com o que é possível fazer aos comportados que ainda querem aprender: minoria. Outros poucos, tipos preocupados com o "auê", querem somente a atenção, ou querem apenas um expectador refinado, são carentes de prestígio. Eu nunca os ignoro, sou apenas um professor de Língua Portuguesa sem as credenciais de psicólogo, e jamais faço as vezes!
          Por que tenho de falar aos indisciplinados, pedindo-lhes bom comportamento a cada minuto: à grande maioria? É um psiu para cá, um oba oba para lá e um óhhh para acolá! Porém, os do sétimo ano continuam jogando papel uns nos outros e passeando na sala. Parece-me ser tudo que eles querem é mostrar sua agressividade e quem repete mais do lanche.  Querem mesmo é ser o centro dos olhares e mediante minha fragilidade moral abusam dela. Perturbados, sofrem os professores de alto domínio de classe, que de forma alguma é meu caso, diga-se de passagem, segundo os coordenadores exigentes, bons são os pautados pelos os "nãos" constantes, mantenedores na rédea curta. São esses os carregadores de alunos perniciosos e irreverentes nas costas, tirando-lhes a oportunidade de aprender andar na direção e da forma correta: "com as próprias pernas". 
           Mas, reconsiderando, o que é "domínio de classe"? Penso que tem tanto poder quem diz "não" a tudo como quem, por tantas vezes, também diz "sim", aos gostos desenfreados deles. Na verdade, o limite deles não termina quando começa o meu, invadem-me a paciência. Ora lhes digo "não" e ora lhes digo "sim". Sou o comedidamente, fazendo o papel de palhaço, ora falando às cadeiras ocupadas por pessoas vazias. Contanto que jamais os corrija em público senão enfrentarei um abaixo assinado de exclusão elaborado por eles, afinal o representante de sala é para isso! Nem falo mais de sua caligrafia é ilegível, pois, aconteceu-me outro dia, queriam me bater por isso. Eles são os que menos querem usar sua autonomia para viabilizar sua aprendizagem e procuram os atalhos, até porque, o professor dominador está sempre disposto a assumir a responsabilidade por aqueles que aceitaram os seus muitos "nãos", é cômoda a postura de robô, mas custa caro ao programador. "Todos os opressores... atribuem a frustração dos seus desejos à falta de rigor suficiente. Por isso eles redobram os esforços da sua impotente crueldade."(Edmund Burke).
           Quem assume o controle dos outros paga o preço de sua escravidão, porém quem liberta os outros paga o preço da sua liberdade: Qual destas atitudes é a mais cara? Quem nos escraviza assume o controle das nossas consequências, e, se as administrar erradamente, pagará também por isso. E, de jeito nenhum quero essa conta. Para mim, quem age irresponsavelmente, fazendo mau uso de sua liberdade, deve saborear sozinho suas consequências. Muitos, por não se submeterem à autoridade do mestre, controlam-no ao invés de serem controlados por ele, sendo que o mal sobrevirá repentinamente, como resultado disso, passando primeiro pelo controlador. Apagam-me e se fazem testas de ferro à minha frente. Que o coordenador brigue com eles e não comigo.
            No vespertino, fiz a seguinte reflexão sobre os alunos do fundamental: eles almoçam correndo, e chegam às 13h na escola, depois saem sem saber dizer, a sua mãe, o que se passou lá, conversando, bagunçando e concorrendo com o professor no maior esforço de mostrar que sabem mais, é tolice. Ainda, por cima, jogam a culpa no professor e acham quem os defenda! O que eles não sabem é que nunca se ensina adversário, mas parceiros. Ensinar é um ato de amor e aprender só é possível com respeito. A fala de Alice Walker, escritora estudo-unidense e ativista feminista, serve aqui aos dois lados: "Não pode ser seu amigo quem exige seu silêncio". Eu diria: Não é meu amigo quem abafa minha voz ou me obriga a calar. Paradoxal é o que faço, porém é o que consigo fazer; aos adversários dou-lhes notas boas, também calando-lhes a boca, uma vez iludidos de bons, tornar-se-ão heróis sem caráter: (Macunaíma)! Tudo é muito simples, até as medalhas de honra ao mérito eram apenas cerimoniais. Disse George Orwell: "A história é escrita pelos vencedores." Mas, hoje existem notícias de heróis que, na verdadeira história, só aparecem quando matam seus professores. E a estratégia dos pais? Processar, e ganhar indenização da escola. Temos inúmeros casos como o desta notícia: http://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI130206,101048-TJRJ+Colegio+tera+que+indenizar+familia+por+bullying+praticado+contra (acessado em 05/12/2020).
            Também a instituição me exige altos índices de aprovação! É como dar-me uma arma sem balas e uma missão sem fim: vencer "moinhos de vento"! Todo mundo finge estar a favor da escola, até quando ela vai resistir!? "Lam.3:38 "Não é da boca do Altíssimo que vêm tanto as desgraças como as bênçãos?"
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 17/09/2015
Reeditado em 26/09/2015
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sábado, 5 de setembro de 2015

AS ÁGUAS VÃO ACABAR? ( O fim será, estocar vento e correr atrás do fogo)



Crônica

AS ÁGUAS VÃO ACABAR? ( O fim será, estocar vento e correr atrás do fogo)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

                Ouvi das instrutoras do curso sobre meio ambiente: "a água vai acabar". Então pensei, se a água vai acabar, aonde ela irá? Ela vai se transformar em quê? Perguntei a alguém, se quando chove é um desperdício de água. Ele me disse: não. Então insisti em lhe dizer sobre a torneira da cozinha pingando, não ser desperdício de água! a água é para a terra. O que está de fato desperdiçando, nesse caso, é o tratamento da água. Isto é, se a água da torneira for tratada! Mas, com as tecnologias avançadas, afirmo: faltará água potável e cada vez mais barata, nas utilizações humanas,  certo de que é, de fato, um bem público outorgado por Deus. 
           Depois pensei novamente, a água é tão importante quanto o ar. E este é tão poluído como a água, porém ninguém se atreve a dizer que o ar vai acabar! Todavia, quando os ricos começarem a medir o consumo de ar por pessoa, logo aparecerão leis para regulamentar e valorizar o consumo de ar, após o então, não faltará quem diga que o ar irá acabar como dizem da água. A presidente Dilma reclamou tecnologias eficazes no estocamento de vento, logo teremos campanhas, nas mídias, para se economizar vento. (http://www.jornalopcao.com.br/ultimas-noticias/dilma-vira-piada-mais-uma-vez-ao-sugerir-estoque-de-vento-47760/) (acessado em 09/10/2015).
            Agora vejo a população comum, incentivada, e até pressionada, por lei a economizar a água, sob ameaça de multa, enquanto os da classe alta se banhando de piscina em suas propriedades, e  enfeitando a varanda deles com cascatas iluminadas. 
           Alguém pode me dizer se o fogo vai acabar? E a terra, também vai acabar? Os terraplanistas por pouco não reduziram o globo terrestre a uma pizza, só faltando o forno para assá-la. Porém digo que os quatro elementos fundamentais e sustentadores da vida na terra (água, ar, fogo e terra) deveriam ser verdadeiramente bens públicos, e o tratamento para adequação de uso deles deveria ser o mais barato possível, devido as novas tecnologias de crescimento e a necessária manutenção da vida.
          Continuo achando que a conscientização é válida, sobre os depósitos do lixo, mas é inevitável o crescimento populacional desenfreado, produzindo maior quantidade de contaminação na água, no ar e na terra. Qual seria o local adequado para os lixos dos humanos? Não haverá lugar algum certo! Ou ainda, todos os lugares são certos! Só sei que qualquer aterro sanitário concorre com o espaço de alguém, precisando ser saudável. Selecionar e Incinerar talvez amenize por algum tempo, contudo a fumaça é um produto nocivo e a cinza também. É mais um remendo novo na roupa velha, dura pouco, e o buraco na camada de ozônio ficará maior!
           Lamento por lhe dizer coisas desagradáveis: Todos os iludidos por sofistas de discurso fácil pagam mais caro. Afinal, o que vão fazer os ecologistas, biólogos, químicos e engenheiros ambientalistas quando a população da terra for 13 bilhões de habitantes, se hoje já está se precisando de cursos alarmistas? Só restará o espaço de dentro do homem para seu próprio lixo, o de fora já não cabe mais! Ou o homem dentro do lixo, ou o lixo dentro do homem. Um tem de dar lugar ao outro. E até quando? Como incinerar o lixo de dentro do homem, sem levá-lo junto? A faísca alimentadora da intolerância social. 
           Eles falam de forma complicada para o "gado" não entender e, aliás, nem sei o que querem dizer com "economizar água"!!! Será possível? O sol continua gratuitamente dessalinizando a água do mar e os céus devolvendo-nos água doce em forma de chuva. Sobretudo, o mercado de tecnologias criativas continuará criando novos e mais baratos métodos de purificação da água. Uma nascente é fechada aqui e abre-se naturalmente outra ali. A água não vai acabar porque quem projetou a vida na terra sabe tudo. O homem só destruirá a água quando aprender fabricá-la!
           Como isso tudo tem a ver com a educação? É que eu não sei qual das águas lavará nosso cérebro ou apenas nossos bolsos! Enquanto isso, penalizam-se uns e outros até a penalização de todos. A natureza se vira para combater o golpe da água!!! De fato, a água potável nunca irá acabar, apenas custará o cabresto aos pobres.   https://aoquadrado.catracalivre.com.br/inovacao/suporte-para-bicicleta-gera-agua-enquanto-voce-pedala/
Kllawdessy Ferreira

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sábado, 29 de agosto de 2015

QUEM COLHE(,) PLANTA... ("Ele, porém, lhes respondeu: ‘Um inimigo fez isso’. Então os servos lhe propuseram: ‘Senhor, queres que vamos e arranquemos o joio?’" Mt 13:28)




Crônica da vida escolar

QUEM COLHE(,) PLANTA... ("Ele, porém, lhes respondeu: ‘Um inimigo fez isso’. Então os servos lhe propuseram: ‘Senhor, queres que vamos e arranquemos o joio?’" Mt 13:28)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

            Já vi por muitas vezes os alunos fazerem abaixo assinado, querendo se livrar de professores indesejáveis; agora, professor recorrer do maldito instrumento para se livrar da turma insuportável é a primeira vez. Está achando ridículo? Então, tente imaginar as condições daquele sexto ano de quarenta e cinco alunos indisciplinados, com uma idade variando dos dez aos dezessete anos, onde os mais velhos massacram os mais novos! E pior, eu também o assinei procurando me livrar deles! E os costumados a colaborar, viciados nas vaquinhas de tudo, até pagando a confecção do horário das aulas, pois a coordenadora nem conseguiu fazê-lo, de forma alguma ofereceram resistência alguma a assinar, também, a petição. O desfecho não foi favorável, mas percebi que, na escola, uma assinatura de um aluno "de menor" vale mais do que a de um professor pós-graduado, em se tratando da permanência do mesmo.

Até então, eu acreditava na revolução dos docentes rumo à melhora do sistema educacional, contudo morreram todas as minhas crenças nisso. "É abominável quando a serva manda em sua senhora" (Prov. 30:23). Porém, por aqui, primeiro manda os alunos, depois os pais dos alunos, ... enfim, o caranguejo, numa marcha à ré, vai disparado ao brejo, porque a vaca já está lá. E outros estão usando o brejo também para lavar a égua.

Quase nunca se tem dinheiro para nada na escola, as verbas jamais vieram, não prestaram as contas na data marcada, e condições melhoradas de trabalho nem se fala, é uma peleja, parece-me que essa deficiência nos enfraquece perante a comunidade. Nem o machismo, ou feminismo, ou o modismo somam forças suficientes para arrastar o carrancismo da história educacional. O apagão, ou melhor, o "alunadão" de todas as penumbras escurece os lugares que deviam estar iluminados. Escola deveria ser lugar de estudante, mas é primeiramente de políticas! Todavia, a verdade sempre aparece, e aqueles, os semeadores do mal devem fazer a colheita no inferno.
Kllawdessy Ferreira

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sábado, 8 de agosto de 2015

EXTENSÃO DE CARGA HORÁRIA NO INFERNO ("Se você está atravessando o inferno... não pare." )



Crônica

EXTENSÃO DE CARGA HORÁRIA NO INFERNO ("Se você está atravessando o inferno... não pare." )

Por Claudeci Ferreira de Andrade

                      Quando terminaram as férias de julho (2015), precisei fazer um complemento de minha carga horária em outra unidade escolar municipal. Sim, na unidade em que eu estivera sempre lotado na carga completa. Bastaram-me avisar o fechamento de uma turma, então eu já sabia onde ir: Secretaria de educação. Lá fui bem recebido, apesar da demora na sala de espera, contudo percebi o empenho, a auxiliar da Secretária de educação se esforçou o máximo procurando uma localidade para mim. Finalmente, recebi uma ordem de serviço garantindo-me oito aulas de produção textual. De certa forma, eu estava feliz, até que me deparei com o verdadeiro problema, cheguei onde me mandava o documento: Sorrisos hipócritas para cá e para lá, apertam minha mão um e outro, mas a Professora de quem assumi as aulas visivelmente triste e abatida, com certeza se vigará, nunca mais posso contar com ela ali naquela unidade escolar, e não devo esperar elogios dela. Diminuiu seu salário por minha causa. Será mais uma a "puxar meu tapete". 

           E o problema foi se avolumando, vi uma grande barreira quando o diretor e sua secretária local expuseram a tamanha dificuldade em mudar o horário das aulas, senti-me disforme e "encaixável". Por um instante, juro que pensei sair correndo dali e voltar à secretaria para abandonar aquelas aulas, terminar o ano na carga mínima. Por último, depois de sentirem meu constrangimento, sugeriram que eu pegasse carga completa ali, evitando mexer no horário deles. O que não evitaria a confecção de novo horário das aulas na outra escola sem mim por lá. Confusão alegada, o gestor estava preocupado só com o umbigo dele. Queria de imediato meus dias disponíveis como se dependesse somente disto para destravar aquele impasse.  A essa altura, eu nem estava mais raciocinando direito, ensurdecido pelos "iixiiii" da auxiliar de secretaria que escutava a conversa. Ela nunca me simpatizou, jamais seria agora, ainda é mãe de um ex-aluno meu, franzindo a testa, pediu-me de imediato e taxativamente a cópia de todos os meus documentos para formar uma pasta colecionando meus dados ali. Eu não estava lhe pedindo uma modulação ali, era uma ordem da Secretaria para completar a minha modulação da outra escola. Em meio a suspeita de inadequação ou praxe, senti-me testado. Pensei em me defender, porém, como? 
           Passadas duas semanas, finalmente ficou pronto o horário de aula, parecia-me ter algo errado, exigi minhas oito aulas autorizadas na ordem de serviço da secretaria, mas imediatamente me fizeram assinar um documento no qual me fazia ciente de que eram só, exatamente, oito aulas. Também achei estranho! Lógico, perdi uma aula de planejamento. Deixa para lá. Decidi pela maneira mais difícil, vou aceitar o desafio e permanecerei até não puder mais. Talvez terei dolorosos assuntos, pelo resto do ano, para compor minhas crônicas da vida escolar, como lucro. Pois, não recebi pagamento algum por aquelas aulas, no início do quarto bimestre fui convocado pela secretária de minha escola de modulação para assinar um ciente de carga mínima (15 aulas, o documento está na secretaria de educação municipal, significou que aquelas aulas nunca entraram na folha).
            Aí, não adiantou ter lido Frederick Herzberg:  "A verdadeira motivação vem de realização, desenvolvimento pessoal, satisfação no trabalho e reconhecimento." Todavia o "trator de esteira" aqui não sabe o que é isso.  Também aprendi, onde está o outro extremo, com Frank Lloyd Wright: "Um profissional é aquele que faz o seu melhor trabalho quando menos vontade tem de o fazer". Como sempre fiz, enfrentarei os problemas, fazendo o que tem de ser feito. Mesmo o pensamento do Bruno Toddy advertindo-me: "Pessoas agem pelos seus próprios esforços, como um "Trator de indignações", e acabam deixando de lado a confirmação e vontade de Deus!" Que Deus me perdoe, mas o que me roubaram outros instrumentos de diabo o defraudarão seus despojos.  O Meu perdão não lhe salva das consequências.

Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 02/08/2015
Reeditado em 07/08/2015
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sexta-feira, 31 de julho de 2015

EM FÉRIAS COM PAPAI (É como se eu restaurasse meu sistema operacional, funciono melhor!)



Crônica

EM FÉRIAS COM PAPAI (É como se eu restaurasse meu sistema operacional, funciono melhor!)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

                      Visito anualmente minha terra natal e meus ancestrais afim de me compreender melhor. Araguaína-To, o berço dos meus primeiros vinte anos, mais meia década em Belém de Maria - Pe, somam os anos mais importantes de minha vida. "A vida só se compreende mediante um retorno ao passado, mas só se vive para diante"(Soren Kierkegaard). Quando volto, é restauração do meu sistema operacional, assim funcionará melhor! Depois de muito fazer isso, hoje de forma aperfeiçoada, ainda sou o mesmo vivente de lá. Preciso me beneficiar daquelas lições mais uma vez, faço como disse (Mário de Andrade): "Passado é lição para refletir, não para repetir". Contudo, jamais posso invalidar as providências de Deus e o Seu trabalho em minha vida. Também os parentes precisam de mim, embora  indiretamente.
           Mais uma vez, vi aquela velha máquina de costura, num bom estado de conservação, com sua marca em alto relevo: "LEONAM", em um canto funcional, na oficina de meu pai, onde, com ela, ele conserta os guarda-chuvas da redondeza. O meu velho com oitenta e dois anos de idade, está ainda trabalhando e fazendo história! E novamente, achei muito interessante ter o nome dele ali no modelo daquele instrumento, usado por minha mãe, bastando ler-se de trás para a frente: MANOEL. E perdurará por muitos e muitos anos ainda, se Deus o permitir! Então, participei de um singular momento e bastante familiar. Visualizei mentalmente minha mãe sentada por horas a fio, fazendo suas costuras. Eu em êxtase, ouvindo o barulho da máquina, como era antigamente, ora fazendo os remendos nas nossas roupas, ora ensaiando um modelo novo enfeitando a família. Lembrei-me de coisas que também não gostava, ela nos vestia com roupas iguais, comprava uma peça grande de tecido e fazia roupas iguais para todos nós. Nós nos apelidávamos de "turma tinta", porque íamos passear com as roupas novas, todas com a mesma estampa.
           Outras coisas renasceram no momento, e ainda flutuam em minha memória. Quando meu pai me disse ser aquela máquina muito importante, também pelo o valor sentimental embutido nela. Provou isso, pois, tinha vendido por um aperto financeiro e a comprou de volta. É uma extensão de minha mãe ajudando meu pai, como sempre, é sua presença representada ali naquela oficina. Tentei lembrar do rosto físico dela, mas só me sobrou a face do seu amor. Entendi que nossas coisas se encarregam de ser palidamente o que fomos em vida, dependendo da leitura feita delas. Minhas lições de vida estavam ali, naquele exato momento de contemplação. Confesso minha emoção e não pude conter as lágrimas brotantes em meio do silêncio de uma consciência pesada por pouco ter feito, retribuindo tanta dedicação com tão pouco recurso e sem muito talento, pois estudara quase nada, porém seus instintos maternos já nos bastavam, agora compreendo melhor suas intenções e sinto muito sua morte! Esforcei-me para achar algum erro naquelas cenas mentais em tons de cinza, mas o presente era eloquente demais. Graças ao passado, o tempo explicava-me tudo, ou melhor, o passado falava-me agora por si mesmo. Cada desfecho era o desatar feliz dos nós dos idos tempos.
           Meu pai, ainda meu grande presente, por estar vivo. E eu agradeço a Deus. Nunca deixei de ser filho, mesmo já sendo pai, apenas o compreendo como filho. Assim, o obrigo a ser eterno, porque só nossos filhos desejam nossa eternidade. E gostaria que minhas raízes fossem eternas!

Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 29/07/2015
Reeditado em 31/07/2015
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sábado, 27 de junho de 2015

LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA: A "LAN HOUSE" GRATUITA DA ESCOLA (Será que não se pode mais fazer aulas debaixo de uma árvore?)



Crônica

LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA: A "LAN HOUSE" GRATUITA DA ESCOLA (Será que não se pode mais fazer aulas debaixo de uma árvore?)

Por Claudeci Ferreira de Andrade

           A escola que não ensina merece a indisciplina. Então, nem é mais possível ser professor, basta ser poeta! Também, pelas decisões tomadas na escola em desfavor do professor, deixam claramente o quanto vale um aluno! E assim, o professor vive pisando em ovos, por medo de puxarem seu o tapete, por isso, finge-se ensinar, dizendo só o que os clientes querem ouvir. Por que essa é atualmente uma profissão muito arriscada. Lidamos com o "de menor" muito sensível e jamais faltam os desregrados protetores. Então, pergunto de passagem: é possível haver ensino/aprendizagem quando o aluno ou professor se protegem um do outro? E o pai vai à escola bater no professor, reivindicar o direito do aluno fazer o que bem quiser na escola. 
           Dessa vez, levei-os ao laboratório de informática diferenciando a aula, com as novas tecnologias, eu já esperava, conhecendo eles muito bem, mas tentei novamente. Quando tomaram posse dos computadores, todos abriram seu Facebook e ignoraram o meu planejamento para eles, alegando sobre o áudio está incompreensível (na verdade o equipamento era ruim mesmo, tinha muito ruído). Comecei a gritar desesperadamente e, por um instante, alguns fingiam prestar-me atenção, ainda que em qualquer descuido meu, voltassem à página do lazer. Outros insistiam em tapar os ouvidos com o "foninho". Frustrado duas vezes, nem conseguia cuidar da disciplina e nem ministrava a aula. Depois, porque eles nem olhavam no vídeo exibindo na parede e nem às minhas orientações. O resultado foi óbvio, ninguém conseguiu terminar uma simples atividade, em uma aula, sendo só produzir um pequeno texto abordando a comparação conceitual entre moral, amoral, ética e imoral.
            Quero ressaltar sobre a necessidade do laboratório de informática ter condições físicas de uso adequado e bloqueios disciplinares no equipamento tecnológico. Por outro lada, assim com muitos limites, essa controle tem os seus negativos também,  como se  ensina se é preciso limitar a internet afim de canalizar os conteúdos necessários! E se liberar geral, vira só a "Lan house" gratuita da escola. Quando o lanche é servido lá, vira o "cyber café". E Jean Piaget falou: "A principal meta da educação é criar homens capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram". A segunda meta da educação muito importante também, digo eu, é formar mentes criticas, verificadoras, analisadoras de tudo. Pois é! Se tem de ser assim, então o que estou querendo deles, tentando domesticá-los à decência e ordem no laboratório de informática? Mesmo pedindo que sejam criativos, tem de partir deles a vontade! Assim fico sozinho assistindo ao vídeo proposto na aula. O conteúdo do vídeo era o Jô Soares entrevistando o Prof. Dr. Mário Sergio Cortella, sobre ética e moral. Enquanto eles, usando o fone auricular, atendendo seu bate-papo patrocinado forçosamente por minha aula, porque briguei com eles e não adiantava.
                       Na minha opinião, precisamos de uma escola simples, do tipo daquelas de antigamente; sendo só o essencial, bastando o desejo de ensina nos professores e o desejo de aprender do aluno! Ou antigamente não se formavam homens ideais? Quem quiser pague o seu lazer. Será se não se pode mais fazer boas aulas debaixo de uma árvore?
Kllawdessy Ferreira

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Enviado por Kllawdessy Ferreira em 18/06/2015
Reeditado em 27/06/2015
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